Os serviços da APPACDM de Braga retomam esta quarta-feira após uma reuniao da atual direção com a Segurança Social que permitiu uma resposta positiva no que respeita à transferência de verbas.

Na reunião de executivo desta terça-feira, ao final da tarde, o Partido Socialista alertou para as fragilidades da instituição de solidariedade social que apoia jovens com deficiência em todo o território, questionando a maioria da coligação Juntos por Braga para a necessidade de acompanhamento para este “apoio muito específico”, assegurando uma resposta caso se registem novos constrangimentos ao normal funcionamento das diferentes respostas. Recorde-se que na semana transata o novo presidente da instituição tinha referido a possibilidade de encerramento precisamente por motivos de ordem financeira. 

Carla Sepúlveda, vereadora da Ação Social explicou que reuniu com com o presidente Bruno Silva, precisamente no dia de ontem, já depois da direção da APPACDM ter reunido com o diretor da Segurança Social. “A situação está controlada neste momento. O que esta em questão é o pagamento para os funcionários. A atual direção está em funções há um mês e em causa está a passagem das assinaturas do banco o que levou a este atraso", detalhou a centrista. Precisamente esta quarta-feira retomam as atividades do CACI (Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão) e "no máximo em três semanas os salários serão pagos", revelou. A vereadora sustentou ainda, em resposta aos vereadores socialistas, que a autarquia "não vai pagar as dívidas, mas está a acompanhar a situação". Entretanto, a instituição poderá ser abrangida pela rede alimentar e já estão em curso contactos, nomeadamente com o Banco Alimentar Contra a Fome de Braga e com fornecedores que possam colaborar. “Não há plano 'B' imediato. Temos de pensar em conjunto, se for caso disso”, esclareceu ainda a vereadora que considera que esta nova direção "transparece estar com uma vontade diferente”.

Também o vereador da CDU, Vítor Rodrigues, alertou para a dificuldade atual da APPACDM de Braga dizendo que "é sobejamente preocupante que centenas de utentes e trabalhadores se encontrem em situação de sobressalto”.