Nacional 18.11.2023 14H29
Aprovado novo medicamento para tratamento do cancro da mama metástico
Os doentes têm agora acesso ao regime de combinação do tucatinib com outros fármacos, tratamento que "prolonga significativamente a sobrevivência global no cancro da mama metastático HER2-positivo, mesmo quando estão presentes metástases cerebrais".
Um novo medicamento para o tratamento do cancro na mama metastático foi aprovado para comparticipação pelo Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), após ter sido testado que "pode reduzir significativamente o risco de morte".
De acordo com uma nota da empresa de biotecnologia Seagen, focada no desenvolvimento de terapias inovadora contra o cancro, os doentes têm agora acesso ao regime de combinação do tucatinib com outros fármacos, tratamento que "prolonga significativamente a sobrevivência global no cancro da mama metastático HER2-positivo, mesmo quando estão presentes metástases cerebrais".
A mesma nota acrescenta que “as evidências comprovam que o tucatinib prolonga a sobrevivência global mediana dos doentes em mais de dois anos (24,7 meses), sendo que anualmente em Portugal são diagnosticados sete mil novos casos de cancro da mama, dos quais 07 a 10% são metastáticos”.
O cancro da mama metastático HER2-positivo representa 15 a 20% dos cancros da mama metastáticos, segundo os mesmos dados. O Infarmed concedeu a comparticipação para o tucatinib em combinação com trastuzumab e capecitabina, para o tratamento de doentes adultos com carcinoma da mama HER2-positivo localmente avançado ou metastático, que tenham recebido, pelo menos, dois regimes anteriores de tratamento anti-HER2.
Citada na nota, a médica oncologista e diretora da Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, Fátima Cardoso, refere que "esta aprovação é um novo aliado muito importante para médicos e doentes, dando resposta a uma necessidade clínica importante de pacientes com cancro da mama avançado HER2+".
"É particularmente importante para os doentes com metástases cerebrais, tanto ativas, como previamente tratadas ou não tratadas com terapias locais", adianta referindo que melhora a qualidade de vida e assegura "o controlo da doença por um período mais longo".