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Fotografia: Universidade do Minho
José Brás

Academia 28.10.2025 16H54

UMinho. Modelo de construção modular e sustentável é o projeto vencedor do prémio Arqus  

Escrito por José Brás
A ARC Technica, desenvolvida por três investigadores da EAAD no IdeaLab, recebeu mais de 1100 votos durante a cerimónia que decorreu na  Start Cup Padova, em Pádua, Itália.
Palavras de Francisca Aroso, uma das fundadora da ARC Technica, a propósito do prémio Arqus International Innovators Award 2025 que foi atribuído ao seu modelos de construção:

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Uma plataforma digital que combina robótica, sustentabilidade e modularidade e que produz localmente estruturas de madeira pré-fabricadas, sustentáveis e personalizáveis é o projeto vencedor do Arqus International Innovators Award 2025. Desenvolvida no IdeaLab, a ARC Technica é fruto da curiosidade e da vontade de colmatar as dificuldades inerentes à crise de habitação atual dos investigadores da Escola de Arquitetura, Arte e Design da UMinho, Francisca Aroso, Rui Reis e Rodrigo Chiesse. 


À RUM, Francisca Aroso revela que este prémio "é a formalização de que esta ideia tem pernas para andar", apesar de ainda estar "muito no início". "Nós temos a convicção que é possível fazer alguma coisa, não somos os únicos, mas achamos que trazemos alguma coisa diferente e que pode ser melhorada", diz.


Este prémio faz parte das iniciativas da Arqus para identificar e apoiar startups universitárias em estágio inicial, especialmente aquelas que procuram internacionalizar os seus negócios. Com um registo de mais de 1100 votos, a equipa recebeu o prémio na última semana, na cerimónia Start Cup Padova, em Pádua, Itália.


Mais do que o reconhecimento, este é o momento de "abrir as portas", num futuro mais próximo para a construção de um protótipo físico e, eventualmente, a criação de uma spin-off e o "desenvolvimento de um produto que possa vir a ser protegido em relação à propriedade intelectual".


De acordo com a fundadora, este modelo, que nasceu da curiosidade e da vontade de colmatar as dificuldades inerentes à crise habitacional, é mais eficiente, mais sustentável e mais competitivo, uma vez que, em relação à construção tradicional, apresenta "prazos de entrega mais reduzidos, produz menos resíduos e emite menos CO2".

"Cerca de 200 mil famílias em Portugal precisam de habitação e só 36 mil estão a ser construídas. Ao podermos produzir de forma mais eficaz, sustentável e também mais rápida, conseguimos também ajudar a combater esse problema", acrescenta.


Aliada à flexibilidade, este modelo é também costumizável e não precisa de mão-de-obra qualificada para ser operado. "Uma estrutura de uma mini casa, com cerca de 60 metros quadrados, pode ser fabricada em 30 dias e montada em apenas uma semana, ao passo que uma estrutura modular como um stand de cerca de 14 metros quadrados pode ser fabricada em dez dias e instalada apenas em três", remata.








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