A área do teatro pode estar prestes a ser integrada no ensino articulado. É essa a visão da Câmara Municipal de Braga, após o Governo ter criado, há cerca de um mês, o Grupo de Trabalho para os Cursos Artísticos Especializados (CAE).

De acordo com o despacho publicado em Diário da República pelo ministro Tiago Brandão Rodrigues, será analisada “a evolução das ofertas educativas e formativas dos CAE”. Entre outras tarefas, cabe a esta entidade propor “cenários alternativos de reordenação da rede”, assim como “modos de integração das especificidades das diferentes ofertas no referencial de avaliação externa das escolas recentemente aprovado”. 

Com esta abertura demonstrada pelo Governo, a vereadora da Educação e da Cultura acredita que será dado "um dos últimos passos para a concretização efetiva da homologação da área do teatro”.

Em parceria com a Academia Contemporânea do Espetáculo, a Câmara Municipal de Braga desenvolve o projeto piloto 'Curso Básico de Teatro' desde 2018/2019. Arrancou com 72 alunos, do 1º ao 5º ano. Atualmente conta com 255 participantes, do 1º ao 7º.

Enaltecendo a “luta” travada para “sensibilizar a tutela" para esta questão, Lídia Dias refere que a autarquia tem “investido no desenvolvimento do projeto piloto para que possa ter uma abrangência maior”. “É também com os dados do município de Braga que permitiu ir engrossando um dossiê que demonstra a importância que o teatro pode ter como mais um caminho dentro da escola”, acrescenta.

O teatro não é reconhecido formalmente pelo Ministério da Educação como um domínio artístico, ao contrário do que acontece nas áreas da música, dança ou artes visuais. No caso de Braga, as aulas integradas no Curso Básico de Teatro funcionam além do currículo normal e de forma complementar.  

Caso seja homologado, Lídia Dias acredita que haverá “uma carga horária mais simpática para os alunos, com um equilíbrio com as outras disciplinas”.