Está dado o primeiro passo para a constituição da Confederação Empresarial da Região Minho (ConfMinho), estrutura orgânica que vai reunir as associações comerciais da Confederação Empresarial do Alto Minho (Ceval) e do Conselho Empresarial do Ave e do Cávado (Cedrac).

O memorando de entendimento para a criação do organismo decorreu esta terça-feira, em Barcelos, na freguesia da Várzea, e contou com a presença dos responsáveis das 12 associações comerciais, representativas de quase 120 mil empresas, que vão compor a estrutura.

No final da cerimónia, aos jornalistas, o presidente da Cedrac e também da Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB), João Albuquerque, destacou que a formação da ConfMinho tem por objetivo "somar o trabalho de vários projetos" e de "proteger e defender os empresários de uma região forte e com grande dinâmica".

Assinalando que a estrutura pretende "dar uma imagem ao país e à região de como é que as associações comerciais interpretam o futuro", o responsável frisou que a ConfMinho "pode resultar em mais projetos para os empresários da região e mais capacidade de reinvidicar infraestruturas coletivas de apoio para as empresas, que normalmente estão afastadas do Minho e estão no Porto ou em Lisboa".

A designação da nova Confederação já está registada, faltando a escritura de constituição, prevista para o próximo mês de Abril, altura em que será indicado o presidente da estrutura.

João Alburquerque deixou críticas à AEMinho. "Esta confederação não é um fait divers instantâneo"

A constituição da ConfMinho surge numa altura em que é formada a nova Associação Empresarial do Minho (AEMinho), que, segundo o seu futuro presidente, Ricardo Costa, vem ocupar o espaço deixado pela falida Associação Industrial do Minho (AIMinho).

Questionado sobre se a ConfMinho e a AEMinho não vão preencher o mesmo desígnio, João Alburquerque disse que não e referiu que a ConfMinho "tem por base associações com mais de 100 anos, como a ACIB, a ACB (Associação Comercial de Braga) ou a ACIF (Associação Comercial e Industrial V. N. Famalicão), ou seja, há toda uma estrutura empresarial de raiz, que conhece o território e que não está a criar nada de novo".

O responsável deixou ainda críticas à AEMinho, ao referir que a ConfMinho "não é um projeto individual, que surgiu agora, através de um fait divers instantâneo".

Ministro e Estado, da Economia e da Transição Digital deixou mensagem durante a cerimónia

A cerimónia de apresentação da ConfMinho foi inaugurada pelo ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital. 

Através de uma mensagem digital, Pedro Siza Vieira assinalou que nova estrutura "irá seguramente criar instituições mais robustas e mais representativas, justificadoras, por isso, de uma outra atenção por parte do Governo e de apoios para a dinamização da sua atividade".

Lembrando que a estrutura congrega o esforço de 12 associações comerciais, o governante ressalvou que são organismos que "desempenham um apoio e esclarecimento importantíssimos às empresas, constituindo-se como interlocutores do Governo na execução e auscultação das medidas de apoio empresarial".