Regional 14.04.2025 11H16
Autarca de S.Victor defende videovigilância no espaço público e detetor de metais nos bares
Ricardo Silva reconhece ter recebido queixas dos moradores relativas a barulho e a distúrbios no exterior.
O presidente da Junta de S.Victor defende a adoção de novas medidas para garantir a segurança no espaço público, desde logo a videovigilância. Em causa está a morte de um jovem de 19 anos, na madrugada de sábado, junto ao edifício onde funciona o Bar Académico (BA).
Ricardo Silva reconhece que tem “acolhido muitas manifestações por parte dos moradores, de queixas relativas a barulho e a distúrbios no exterior, no espaço público”. “É algo que nos apoquenta porque, não estando na esfera da atuação da Junta, queremos, obviamente, que os moradores tenham maior qualidade de vida e, obviamente, essa paz e o direito à tranquilidade não deve ser perturbado”, afirmou.
O autarca esclareceu ainda que tem “vindo a pedir à Câmara que reveja as licenças, que promova estudos acústicos, que garanta que, de facto, tudo deve funcionar de forma plena e harmoniosa”.
Além disso, Ricardo Silva sugere que “a Universidade do Minho e a própria Associação Académica” percebam “se o BA está a funcionar correta ou incorretamente”. “Aquilo que a Universidade do Minho e a Associação Académica devem fazer é promover melhores condições para que o BA funcione em segurança”, acrescentou.
O reforço de policiamento era desejável, mas, reconhece, “essa realidade é difícil de alcançar” e, por isso, “há aqui outras medidas que devem ser equacionadas”. “Por um lado, devia pensar-se em colocar detectores de metais nos estabelecimentos de diversão noturna, para facilitar a identificação de elementos perturbadores como as armas brancas ou armas de fogo. O espaço público deveria estar hoje munido de sistemas de videovigilância, pelo menos para ser um desincentivador à sua má utilização”, apontou
No entanto, Ricardo Silva diz ser relevante perceber “como é que pessoas que não estudam no ensino superior acedem àquele estabelecimento de diversão académica”. “Esperamos, dentro das próximas horas, poder falar quer com o Reitor e com a Associação Académica e perceber, de facto, como é que se evita que situações destas voltem a acontecer”, finalizou.
A Associação Académica já se pronunciou sobre o caso e pede reforço do policiamento naquela zona.