Regional 20.07.2020 20H27
Autarquia admite abate de árvores da ciclovia de Lamaçães à Universidade
Informação avançada à RUM pelo vereador do urbanismo na Câmara de Braga, Miguel Bandeira.
O projecto de requalificação da ciclovia da Variante da Encosta, que vai ligar Lamaçães à Universidade do Minho, vai significar o abate de árvores ainda que, no final, "vai apenas existir a diminuição de três árvores", adianta à RUM o vereador do urbanismo na Câmara de Braga, Miguel Bandeira.
O autarca responde assim à acusação do presidente da associação Braga Ciclável, Mário Meireles, que esta segunda-feira considerou desnecessário o abate de árvores no troço junto ao hotel Melia, atendendo à dimensão da via automóvel no respectivo local.
Na resposta à Braga Ciclável, Miguel Bandeira confirma que "vai ser necessário o abate de um conjunto de árvores" mas que "o resultado final é apenas a diminuição de três árvores lá existentes", salvaguardando que "a ideia é de replantar um outro tipo de árvores que, de acordo com os serviços especializados da Câmara, são as mais adequadas para o lugar".
De resto, Mário Meireles, também à RUM, assinala que o projecto de requalificação da ciclovia vai significar que, noutro dos troços, junto à rotunda do McDonald's, a via ciclável será interrompida, situação que implicará ao ciclista a obrigação de fazer um percurso diferente, mais longo. A este propósito, Miguel Bandeira lembra que é natural que as ciclovias, em alguns momentos, sejam descontinuadas, pelo nível de tráfego automóvel e para não colocar em causa a segurança dos peões, e recorda que é normal "a pessoa andar com a bicicleta, ao lado, a pé" nalguns percursos.
O autarca diz que o município não quer ter "uma visão fundamentalista" em relação aos meios de circulação e pretende criar zonas de coexistência, entre peões, bicicletas, transportes públicos e automóveis, rejeitando a ideia de "impor a bicicleta acima de todos os outros meios de locomoção".