Autárquicas 2021. Carlos Almeida abre a porta a novos protagonistas

Há sete anos a desempenhar o papel de vereador na oposição em Braga, Carlos Almeida, eleito pela CDU em dois mandatos consecutivos, assume que sempre esteve na política sem interesse, e que chegou o tempo de outros protagonistas.

Dois mandatos de “dedicação à causa” e sem receber nada em troca, num cargo público que,  sublinha, “devia ser mais valorizado pelas pessoas”. Orgulhoso do passado percorrido, das propostas apresentadas e do seu papel enquanto vereador da oposição, Carlos Almeida afirma que “não tem uma opinião completamente fechada” quanto ao acto eleitoral de 2021, mas olha para a política como “um espaço de participação cidadã, que não deve ser esgotado nas instituições e não deve resumir-se a uma só pessoa”. “Sou adepto da rotatividade, da necessidade de envolver outras pessoas, outros rostos”, acrescenta.

Somatórios de votações para garantir a manutenção de políticas, para isso não contem com o PCP

Há um mês, no mesmo espaço de entrevista, Artur Feio, vereador do PS, presidente da comissão política concelhia e putativo candidato às autárquicas de 2021 em Braga, abriu a porta a uma coligação de esquerda para derrotar a coligação Juntos por Braga. Carlos Almeida criticou ontem a postura do socialista, acusando o PS de “partir sempre ao contrário” e dando a ideia de que a preocupação do PS está na “aglomeração de votos, juntar instrumentalmente forças à esquerda, mais do que uma preocupação genuína sobre o que realmente importa, o projecto para a cidade e para o concelho”.

Carlos Almeida avisa que não se pode estar na política e “mudar de opinião quando se muda de campo”, rederindo-se ao PSD e ao PS. “Infelizmente assistimos a isto dos dois lados”, diz. O vereador da CDU recorda os tempos de Ricardo Rio na oposição, “muito activo, muito preocupado com várias questões que preocupavam e ainda hoje incomodam os cidadãos de Braga”. “Chegado ao poder, muitas dessas preocupações caíram por terra. Aliás, foi muito fácil ver tomar decisões completamente contrárias àquilo que dizia no passado”, lembra.

Por isso, o vereador da CDU deixa um conselho ao PS: “Falar de uma coligação à esquerda sem partir de bases sólidas de projecto, pensando apenas nos votos que se podem ganhar, isso é instrumental e prejudicial, quer para a política, quer para os projectos das forças que possam concorrer a um acto eleitoral”. Carlos Almeida finaliza referindo que a CDU “quer derrotar a coligação de direita em 2021, não para colocar lá o PS”. “Nós não queremos é a manutenção de políticas. Portanto, somatórios de votações para garantir a manutenção de políticas, para isso não contem com o PCP”, clarificou.

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Elsa Moura
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