Regional 01.10.2024 14H18
Autocarros turísticos abandonam centro. Campo de S. Mamede não será parque de estacionamento
Projeto para a pedonalização do centro histórico da cidade berço está a ser elaborado por um arquiteto externo.
Os autocarros turísticos vão ter de abandonar o centro da cidade de Guimarães. Para o CDS/PP, a solução para cargas e descargas poderia passar pelo Campo de S. Mamede. Ora, o presidente do Município recusa por completo essa solução. Domingos Bragança declara que o espaço histórico é "demasiado importante e emblemático para ser um parque automóvel", sendo que atualmente também não concorda com o estado do mesmo. "A poeira é constante, quer para o castelo, quer para a Igreja de S. Dâmaso", acrescenta.
Recorde-se que a autarquia está a projetar a pedonalização do centro histórico, nomeadamente, desde o Toural, passando pela Alameda e Rua de Santo António. Logo, só serão permitidos autocarros com lotação até 18 pessoas nestas zonas.
Para Vânia Dias da Silva faltam alternativas quer para o turismo quer para os vimaranenses. "Se vai ser preciso encontrar uma alternativa para os autocarros turísticos que estacionam no campo da feira, e não há construção, só podemos contar com aquilo que já existe", refere. "Também não sabemos onde vamos pôr os carros. Talvez fosse de pensar em deixá-los, como já uma vez sugeri, no campo de S. Mamede", conclui.
Ora, o presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança, adianta que a intervenção será estendida para a Avenida D. João IV. O projeto prevê o prolongamento do jardim até à igreja de S. Gualter e na parte superior até ao Museu Alberto Sampaio, sendo que a circulação automóvel ficará vedada.
O executivo pretende intervir ainda, no final da Rua de S. António, junto aos correios, trabalhos que o edil já espera que venham a gerar "polémica". "O urbanismo, na intervenção do espaço público, é sempre polémica", conclui.