Academia 15.04.2025 20H10
Bar Académico fecha por tempo indeterminado
Em declarações à RUM, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, diz que este não é "o encerramento definitivo do espaço", mas sim "até que seja repensado com um modelo de funcionamento que seja compatível com aquilo que são os objetivos da associação académica e da própria universidade”.
O Bar Académico da AAUMinho vai encerrar por tempo indeterminado. A decisão surgiu na sequência de uma reunião, esta terça-feira, entre Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho, Luís Guedes, presidente da Associação Académica da UMinho, e a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Em declarações exclusivas à RUM, o reitor da UMinho adianta que houve “concordância” entre todas as partes e que a instituição não podia “encarar de ânimo leve esta circunstância”. Para Rui Vieira de Castro, encerrar o espaço do BA da AAUMinho no edifício da Rua D. Pedro V, em Braga, é uma medida “necessária e certa”, mas ressalva que este não é “o encerramento definitivo do espaço”, que ficará fechado “até que seja repensado com um modelo de funcionamento que seja compatível com aquilo que são os objetivos da associação académica e da própria universidade” até porque, recorda, “o edifício é da Universidade do Minho”.
Uma das condições para uma eventual reabertura é o acesso “limitado a membros da comunidade académica”. “Não podemos ter espaços que são da academia e não são frequentados por membros da academia porque se sentem incomodados por outros que não o são”, sublinha.
Outro ponto-chave para a reabertura é “que todas as condições de segurança sejam respeitadas”. Rui Vieira de Castro destaca que as orientações de PSP, Proteção Civil, Autoridade para a Segurança Económica e Alimentar (ASAE), entre outras entidades, têm de ter “tradução naquilo que são as condições que o espaço pode oferecer”.
O responsável regista com “agrado a disponibilidade da PSP para apoiar, quer universidade, quer associação académica” e também “a compreensão grande por parte da associação académica” em relação a estas incidências.
“A longa reunião de hoje é uma primeira etapa deste processo”, explica, deixando ainda “um apelo a todos no sentido de se manter a tranquilidade possível e evitar desenvolvimentos que podem ser gravosos para todos os intervenientes, para todas as instituições, para as entidades, para as pessoas”, conclui.
A decisão surge na sequência dos acontecimentos dos últimos dias: na madrugada de sábado, um jovem de 19 anos foi esfaqueado e acabou por morrer, na sequência de uma rixa junto ao espaço que pertence à universidade do Minho. No domingo, houve um incêndio no edifício da AAUMinho, onde também funciona o BA. Trata-se de um crime de fogo posto, uma vez que foi derramado líquido inflamável.