Braga arrisca falhar regras de 14 de junho

O concelho mais populoso do país – Lisboa – e Braga, o sétimo município com mais habitantes, encontram-se em situação de alerta pela incidência da pandemia, revelou esta quarta-feira o Governo. No total são seis os municípios neste patamar, somando-se àqueles dois os concelhos de Cantanhede, Castelo de Paiva, Salvaterra de Magos e Vale de Cambra.
Caso repitam uma avaliação acima dos 120 casos por 100 mil habitantes em 14 dias na próxima semana – ou 240 casos no caso dos concelhos de baixa densidade, de acordo com os novos critérios hoje anunciados -, estes concelhos falharão a nova fase de desconfinamento prevista para 14 de junho, que inclui o alargamento dos horários de funcionamento de restaurantes e cafés e do comércio.
Já os municípios que em duas avaliações semanais consecutivas se encontrem acima do patamar dos 240 casos (ou 480 para os municípios de menor densidade populacional) terão mesmo de recuar no processo de desconfinamento.
Atualmente, dos 278 municípios de Portugal Continental apenas dois – Golegã e Odemira – não se encontram na fase de desconfinamento que se iniciou a 1 de maio. Aqueles dois concelhos encontram-se com as regras de 19 de abril.
O primeiro-ministro, António Costa, indicou que a situação de calamidade, que vigora até às 23:59 de 13 de junho, irá manter-se, frisando que “a pandemia não se foi embora”. Assim, o país continuará na situação de calamidade por duas semanas adicionais, sendo depois a evolução reavaliada.
Por outro lado, o uso de máscara continua a aplicar-se de acordo com as normas atuais e que determinam a sua utilização obrigatória somente “nos locais fechados e na via pública sempre que não [for] possível manter a distância de segurança”.
Autarca local tem alertado para o aumento do número de novos casos com destaque para os mais jovens
O aumento do número de novos casos de covid-19 em Braga tem sido referido pelo autarca local que publicamente, por diferentes ocasiões, apelou à população que cumpra as regras impostas pela DGS. Esta quarta-feira, Ricardo Rio apontou o comportamento da população jovem como provável justificação.
Já a Universidade do Minho diz desconhecer qualquer surto entre os estudantes da academia minhota, e aguarda novos desenvolvimentos da tutela tendo em vista uma nova ronda de testagem à covid-19.
c/Negócios
