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Redação

Regional 19.11.2023 13H25

Braga e Guimarães entre os 10% de municípios com plano de mobilidade

Escrito por Redação
Documento assume importância redobrada quando as cidades precisam de um trabalho de mobilidade urbana e é preciso fazer um caminho rumo à descarbonização, diz Paula Teles, especialista em mobilidade urbana.

Só 10% dos municípios portugueses é que têm plano de mobilidade urbana sustentável. Ora, este documento assume importância redobrada quando as cidades precisam de um trabalho de mobilidade urbana e é preciso fazer um caminho rumo à descarbonização. A ideia foi deixada por Paula Teles, fundadora e CEO da empresa Mobilidade PT e especialista em mobilidade urbana, na conferência-debate “Mobilidade: desafios para uma região” promovida pelas distritais de Braga e do Porto da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES). Para Paula Teles as realidades urbanas e sociais têm “níveis de tráfego muito superiores” à era pré- -covid, o que é “dramático”. “É preciso encontrar soluções e elas são complexas”, afirma. 


A complexidade reside não só nas características dos diferentes territórios mas também na “urgência” na redução da emissão de gases para a atmosfera. Por isso, para a especialista descarbonização e humanização, são as duas palavras-chave para a mobilidade nas cidades. “É necessário planear”, diz Paula Teles. “Conjugar o território com o espaço ciclável, o estacionamento, os transportes públicos”, afirma, alertando para a importância da ferrovia nas deslocações. As plataformas logísticas, os transportes públicos e os transportes a pedido são áreas que, na opinião da especialista, precisam de ser trabalhadas. “É necessário redesenhar as cidades para as pessoas que vivem mais anos”, sublinha, apontando exemplos onde já há trabalho feito na área da mobilidade.


É o caso de Braga, onde foram implementados quatro espaços onde a velocidade máxima são os 30 km/hora. O intuito é que estas “Zonas 30” sejam áreas de acalmia de tráfego. Entretanto, a Câmara de Braga já aprovou um plano de Mobilidade Urbana Sustentável que prevê a ampliação da zona pedonal no Centro Histórico. Por outro lado, já há trabalho feito em Guimarães no sentido de cumprir o plano, nomeadamente com a implementação de redes cicláveis. No Porto está a ser desenvolvido um estudo para “resgatar” a área do centro da cidade ao trânsito automóvel.


c/JN

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