Braga Metro Bus é “um processo irreversível” e vai eliminar passagens aéreas

Ricardo Rio garante que o Braga Metro Bus é “um processo irreversível” e que vai permitir requalificar o espaço urbano, retirando as passagens aéreas, há muito contestadas.

Esta terça-feira, foi apresentada a identidade visual do novo meio de transporte de Braga, no Posto de Turismo da Estação de Caminhos de Ferro, junto ao local onde nascerá a primeira estação da futura Linha Vermelha.

Terminou, ontem, o prazo para as propostas de conceção/construção do projeto, com várias manifestações de interesse, que serão, agora, avaliadas.

Teotónio dos Santos aponta o arranque da obra para o “final do ano ou início do próximo”, sendo que a mesma terá que estar concluída em junho de 2026.

Ao terceiro ano de funcionamento, prevê-se que tenham passado pelo Braga Metro Bus dois milhões de passageiros e que menos 812 carros circulem por dia, o que representa uma redução de 430 toneladas de CO 2 por ano.

A primeira linha, que liga a estação CP ao Hospital de Braga, com passagem pela UMinho, terá 12 veículos elétricos, com 130 lugares cada um, e uma frequência de seis minutos, cujo “concurso público será lançado ainda esta semana”. Serão 12 as estações ao longo do percurso, com “81% do traçado em canal dedicado, garantindo maior fiabilidade e rapidez”. Ricardo Rio está certo de que este “vai ser um processo absolutamente transformador para a mobilidade na cidade”.


A identidade deste novo sistema de mobilidade assenta “num conceito de pontos que se ligam e se cruzam, e num símbolo formado por cinco pontos, quatro que representam as futuras linhas do Braga Metro Bus e um que simboliza o ponto central, o cidadão”, explicou o administrador dos TUB, Teotónio dos Santos.

O trajeto da linha vermelha tem início no Largo da Estação, avançando pela Rua do Caires, passando pela Rotunda Santos da Cunha, Av. Imaculada Conceição, atravessa a Avenida da Liberdade, prossegue pela Avenida João XXI, cruza a Avenida 31 de Janeiro, segue pela rotunda das piscinas, pelo INL, atravessa o campus de Gualtar da UMinho e termina no Hospital.

Teotónio dos Santos lembrou que o projeto implica “um investimento de 75,5 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência”. “Já adquirido, por 825.200 euros, um terreno com cerca de 11.000 m2, localizado na Rua Felicíssimo Campos, para a instalação do Parque de Material e Oficinas, que servirá de base para a frota e para a manutenção do sistema do Braga Metro Bus, cujo concurso está já em fase de adjudicação”, fez saber o administrador. Já o “concurso para os sistemas técnicos, nomeadamente sistemas de bilhética, sistemas de apoio à exploração, sistemas de informação ao público, entre outros, será lançado em setembro”.

Passagens pedonais aéreas vão ser eliminadas com obra do BRT

Olga Pereira, vereadora que tutela a mobilidade, explicou que a implementação da linha vermelha permitirá reformular e valorizar o espaço público e “eliminar sete passagens superiores, uma passagem inferior, bem como introduzir passagens pedonais de nível e muitas medidas de segurança rodoviária”. “O sistema de mobilidade e transportes deve ser entendido numa lógica de complementaridade e é desejável que se consiga concretizar uma uniformização dos sistemas de bilhética no sentido de agilizar a transferência entre as diversas modalidades de transporte ao dispor dos diferentes utilizadores”, denotou a vereadora.

Para Olga Pereira, “há muitas discussões que se podem fazer sobre o Braga Metro Bus, mas nenhuma delas pode partir do princípio que o projeto não decorre de uma necessidade”. “O Braga MetroBus não é um luxo de modernidade sobre o qual possamos ter uma discussão redutora do tipo gosto ou não gosto. As opiniões devem ser fundamentadas, conscientes dos compromissos e da viabilidade do seu financiamento”, acrescentou. Olga Pereira lembrou ainda que “a concretização da linha vermelha é apenas o primeiro passo para a concretização de um objetivo maior”, desde logo com a linha amarela e “a ligação a Guimarães e à futura estação de alta velocidade”. “Completar a rede com as linhas azul e verde é fundamental para a concretização da estratégia de parques de estacionamento para dar uma alternativa de estacionamento seguro e confortável a quem se desloca à cidade”, detalhou ainda.

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Liliana Oliveira
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