Não se querem identificar por receio, mas nas últimas semanas, diferentes proprietários de lojas do centro histórico de Braga foram alvo de pequenos assaltos e tentativas de assalto ao final da tarde.

Lojistas de diferentes ruas relatam o mesmo: as abordagens acontecem ao anoitecer, e nem sempre em grupo. Pedem o dinheiro da caixa e procuram escapar de seguida. Ao que a RUM apurou, os assaltantes não roubam qualquer artigo em exposição, entram de forma natural e abordam o funcionário mais próximo para roubar o dinheiro disponível.

Numa das ocasiões foi até exibida uma arma branca e noutra, uma pistola. A PSP já foi chamada a registar algumas das ocorrências. Ao que a RUM conseguiu apurar, nem todos os proprietários lesados denunciaram a situação às autoridades. 

PSP confirma registo de concentração de crimes e assegura estar a tomar medidas de reforço do policiamento

Contactado pela RUM, o Comando Distrital da PSP de Braga confirma que no espaço compreendido entre 16 de Outubro e 2 de Novembro, "verificou na zona envolvente ao centro histórico da cidade de Braga, um registo de concentração de crimes (na sua totalidade 6), que causaram forte impacto no sentimento de segurança dos comerciantes. Este sentimento de insegurança foi potenciado pela forma como alguns destes crimes foram cometidos", lê-se.

A mesma fonte garante que "esta situação não reflecte a normalidade no dia-a-dia da cidade de Braga e daquela zona em particular, e vem, inclusive, contra a tendência de registo da criminalidade nesta cidade, que durante o ano, tem vindo a descer, comparativamente com o mesmo período do ano transacto".

Segundo o Comando Distrital da PSP de Braga, a concentração de vários crimes em dadas alturas em locais específicos "são fenómenos que acontecem pontualmente e não estão circunscritos a zonas pré-definidas".

A Polícia está no terreno, através do seu dispositivo de investigação criminal "a efectuar a devida investigação dos casos que foram denunciados e a tomar as medidas de reforço do policiamento que possam minimizar o sentimento de insegurança dos comerciantes e da população em geral".