Braga revê metas e avança com redução em 55% das emissões de CO2 até 2030

A Câmara de Braga espera reduzir, pelo menos, 55% das emissões de dióxido de carbono até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2050. O objetivo foi salientado esta quarta-feira, na apresentação do Plano de Ação Energia Sustentável e Clima (PAESC), que decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho.
Em 2014, através do Pacto de Autarcas para o Clima e Energia, Braga assumiu o compromisso de apoiar a implementação da meta da redução em 40% dos gases com efeito de estufa. Agora, tendo em conta o “trabalho já desenvolvido pelo município” e a vontade de “acelerar a neutralidade carbónica do território de forma equitativa e sustentada”, de acordo com o presidente da Câmara, o objetivo foi alterado.
Ricardo Rio refere que o PAESC, “crucial para o desenvolvimento do concelho”, mostra que o município bracarense “já está na vanguarda da neutralidade carbónica”. O documento, desenvolvido em parceria com a consultora IrRADIARE, teve como base o trabalho feito pela Câmara de Braga nesta matéria desde 2008, projetando as metas para os próximos anos.
O plano é orientado para sete grandes áreas e serviços: indústria (objetivo de reduzir em 60% as emissões de CO2), edifícios residenciais (55%), transportes (50%), edifícios do setor terciário (40%) e municipais (12%), iluminação pública (10%) e agricultura e pesca (10%). Ricardo Rio distribui as responsabilidades pelos diferentes atores do concelho, enaltecendo que, para alcançar estas metas, é “essencial a mobilização da iniciativa pública e privada”.
Do ponto de vista municipal, além da melhoria da eficiência energética e de vários projetos na área ambiental, o presidente da autarquia destaca o papel da mobilidade na prossecução dos objetivos, dando os exemplos do Bus Rapid Transit (BRT) e da renovação da frota dos Transportes Urbanos de Braga.
O investimento nesta área para os próximos anos supera os 250 milhões de euros, de acordo com as estimativas do edil. De forma a alivar a sobrecarga dos cofres da Câmara Municipal, garante estar atento “a todas as linhas de financiamento nacionais e internacionais”, a começar pelo Portugal 2030. Só aí, a autarquia espera um apoio a rondar os 100 milhões de euros para a implementação do BRT.
