Regional 16.03.2025 08H06
BRT. Reitor alerta para "sentido grande de emergência" para solucionar o traçado
A reitoria da UMinho e a autarquia bracarense chegaram a um entendimento quanto ao troço da linha vermelha entre o campus de Gualtar e o Hospital de Braga. À margem do CG, Rui Vieira de Castro detalhou o novo desenho do traçado.
A Universidade do Minho e a câmara de Braga chegaram a um entendimento quanto ao traçado da linha vermelha do BRT.
À semelhança do que a vereadora com o pelouro da mobilidade da autarquia, Olga Pereira, adiantou à RUM, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, falou sobre o tema na reta final do Conselho Geral desta sexta-feira.
De acordo com o reitor, o desenho inicialmente previsto, que atravessava todo o campus de Gualtar, era uma solução "excessivamente invasiva", com "gravíssimos inconvenientes" e que "afetaria em muito a vida no campus", no que diz respeito à circulação de pessoas e viaturas.
A solução que está a ser pensada receberá "luz verde" por parte da instituição mas, lembrou o responsável máximo da UMinho, envolve decisões "que envolvem o Conselho Geral", uma vez que implicam "cedências de terrenos" da universidade "ao espaço público".
O reitor escalpelizou o percurso durante a intervenção no último ponto do CG, que "vai envolver uma reorganização de toda a rotunda próxima da entrada sul, que define a entrada sul do campus, e que, por sua vez, vai obrigar também a alguma intervenção em toda aquela zona de acesso." O percurso prossegue pela Rua da Estrada Nova de Gualtar, onde se irá alargar a via existente para diferenciar o tráfego automóvel da circulação do BRT. Aí, explica Rui Vieira de Castro, "está salvaguardada a existência de uma entrada, que já hoje está lá, para o campus, de acesso ao campus, próxima da paragem dos autocarros rurais".
A segunda etapa corresponde à parte nascente do campus de Gualtar. "Aqui, inevitavelmente, vai ter que haver cedência de terrenos da universidade, para que o projeto se torne viável porque, do lado direito, está o 10, o edifício dos nossos serviços administrativos". A via prossegue a sul do campo de futebol, até à rotunda da rua 24 de julho. Acrescenta ainda Rui Vieira de Castro que, neste local em concreto, havia um "problema" relacionado com o "acentuado desnível", que obrigaria a "soluções particulares que tinham de ser muito bem ponderadas. Parte do percurso vai ficar bastante abaixo do nível atual daquela zona de monte, vai ter que ser escavado", detalhou.
Assunto tem "sentido grande de emergência"
Ao Conselho Geral, Rui Vieira de Castro adiantou ainda que a solução foi estabilizada na quinta-feira ao final do dia entre a UMinho e a CM Braga e que esta é "uma questão maior".
"Estamos a falar de uma obra financiada pelo PRR. Portanto, terá que estar pronta em junho de 2026", recordou, acrescentando que há "um sentido grande de emergência relativamente a esta matéria" e que é um assunto que o próximo CG "vai ter que assumir como prioritário, porque vamos ter que dar respostas que são fundamentais para que se possa avançar com esta solução", concluiu o reitor.
Duas linhas de BRT
O projeto contempla a implementação de duas linhas principais, concebidas para garantir um serviço de transporte público de massas eficiente, rápido e confortável:
Linha Vermelha: liga a estação da CP ao Hospital de Braga, com paragens previstas na Avenida da Imaculada Conceição, Avenida João XXI, Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires, Avenida João Paulo II e na UMinho.
Linha Amarela: liga a estação da CP à Avenida Robert Smith, com paragens previstas na Praça Conde de Agrolongo, Avenida António Macedo, Avenida Padre Júlio Fragata e Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires.