A Câmara de Guimarães garante que o serviço de transporte de autocarros do concelho não vai ficar deserto entre março e agosto, período entre o qual está prevista a troca de concessão da Arriva para a empresa Vale do Ave Transportes, Lda.

O início da exploração dos Transportes Urbanos de Guimarães (TUG) pela Vale do Ave estava prevista entrar em vigor depois do dia 1 de março mas, com o adiamento do contrato de concessão, o período de exploração vai começar no dia 1 de agosto. 

Entre estes cinco meses há o risco de o serviço de autocarros ficar indisponível mas a vereadora dos Serviços Urbanos na autarquia vimaranense, Sofia Ferreira, garantiu esta segunda-feira, na reunião de executivo municipal pública, que "há a garantia de continuidade de oferta do serviço [por parte da Arriva] até à entrada em vigor do novo concessionário", assegurando que o processo será confirmado na próxima reunião de câmara.

Do lado da oposição, a certeza não é tanta e António Monteiro de Castro, vereador do CDS, da coligação Juntos por Guimarães, demonstrou "muita preocupação" com a possibilidade de, a partir do dia 2 de março, os vimaranenses ficarem "sem os transportes urbanos". O vereador lembrou que o prazo da concessão da Arriva "já foi prorrogado por vários períodos" não considerando "seguro" que o prazo possa ser estendido mais uma vez. 

António Monteiro de Castro alertou que, da parte do concessionário, ainda "não se ouviu" a disponibilidade para estender o prazo de concessão, presumindo que "o sr. presidente da Câmara não tem nada acordado". 

No meio de todo o processo de concessão existem dúvidas sobre o futuro dos trabalhadores dos TUG e Sofia Ferreira admitiu que "é um assunto que a todos preocupa" e assumiu que a autarquia "tudo fará" para "encontrar a melhor solução para todas as partes".