A remunicipalização da Agere é uma das principais medidas da CDU para o novo mandato autárquico em Braga. Na conferência de imprensa da coligação PCP/PEV, realizada esta sexta-feira e que marcou o arranque do ciclo de quatro anos, esse foi o tema mais abordado.

Segundo Bárbara Barros, a única representante desta força política no executivo, há condições para “devolver a Agere à esfera pública”, até pelas movimentações mais recentes dos outros partidos. "Estamos em crer que o PS e a coligação de direita possam hoje, tal como manifestaram na campanha para as autárquicas, mudar o sentido de voto e a forma como olham para esta empresa municipal”, completa.

A comunista refere que se trata do "momento de passar à concretização desta intenção e de não continuar a desperdiçar mais tempo”, defendendo, numa fase posterior, a “canalização dos lucros para a melhoria dos serviços prestados à população e para uma gradual redução das tarifas”.

Neste momento, a empresa é detida a 51% pelo município, enquanto a restante percentagem está atribuída ao consórcio privado Geswater.

Para João Batista, um dos três eleitos da CDU para a Assembleia Municipal, deve acontecer uma reversão, à imagem do que se sucedeu com a gestão do estacionamento à superfície, que transitou das mãos da empresa privada Esse para à autarquia. “Tivemos melhoria das condições para a população porque os lucros averbados, neste caso pelos TUB, começaram a reverter a favor das finanças públicas”.