Regional 31.07.2024 16H10
Centro Ciência Viva de Guimarães fora da rede nacional. CMG fala em "injustiça"
Depois de uma auditoria, em dezembro de 2023, a Agência Nacional concluiu que o edifício, na zona de Couros, conta com problemas de acessibilidade e mobilidade, além de equipamentos obsoletos.
O Centro Ciência Viva de Guimarães deixou de integrar a rede nacional. A decisão partiu da Agência Nacional que depois de uma auditoria surpresa, em dezembro de 2023, concluiu que o edifício da antiga fábrica de curtumes Âncora, na zona de Couros, conta com problemas de acessibilidade e mobilidade, além de equipamentos obsoletos. A questão foi denunciada pelo vereador do PSD, Ricardo Araújo, em reunião de câmara. O social-democrata acusou o executivo de tentar "ocultar" esta informação.
Ocultar a informação é grave, mas mais grave é Guimarães estar fora da rede nacional de centros de ciência viva", Ricardo Araújo
Em resposta, a vice-presidente Adelina Paula Pinto explica que as questões estavam já identificadas pelo Município de Guimarães que já adquiriu o terreno contíguo para a construção de um novo edifício.
A governante fala por isso numa "absoluta injustiça", visto que o centro vimaranense tentou colmatar essas falhas com atividades quer no centro, quer no exterior e em todas as escolas do concelho, ou seja, a missão no sentido de promover ciência "estava a ser cumprida de forma integral".
Ora, a Agência Nacional, segundo a vice-presidente, exige que seja criado um espaço expositivo, garantindo estar disponível para rever o processo quando a autarquia concluir a construção da nova sede.
O reitor da Universidade do Minho, que integra a direção do centro juntamente com a autarquia, está já em negociações com o Ministro da Educação, Ciência e Inovação para tentar reverter esta decisão. Em última instância, o centro vimaranense terá de entrar em concursos, de modo a conseguir financiamento para as atividades que envolvem todas as escolas do concelho.
De acordo com a vice-presidente do Município de Guimarães, o elemento fraturante entre a autarquia e a Agência Nacional foi o facto do executivo estar obrigada a prestar contas com base no Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP). Apesar de terem decidido abandonar a direção do centro, este manteve a "marca".