Cultura 14.09.2023 18H57
Cláudia Leite na admnistração da Museus e Monumentos de Portugal
Admnistradora do Theatro Circo, em Braga, será vogal na Museus e Monumentos de Portugal, a entidade pública empresarial que vai suceder à Direção-Geral do Património Cultural a partir de 1 de janeiro do próximo ano.
A administradora executiva do Theatro Circo, Cláudia Leite, será vogal n conselho de administração da entidade pública empresarial Museus e Monumentos de Portugal, que, a partir de 1 de janeiro de 2024, vai suceder à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
A empresa será liderada por Pedro Sobrado, atual presidente do conselho de administração do Teatro São João, no Porto. A equipa contará ainda com Maria de Jesus Monge, que presidiu à direção do ICOM Portugal no triénio 2020/2023.
Cláudia Leite, que coordenou a equipa de missão da candidatura de Braga a Capital Europeia de Cultura e colaborou na elaboração da Estratégia Braga Cultura 2030, assume, assim, mais um cargo cultural de relevo. Licenciada em Economia pela Faculdade de Economia do Porto e mestre em Análise de Dados e Sistemas de Apoio à Decisão, pela mesma instituição, trabalhou entre 2000 e 2010 na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), acompanhando a avaliação e reprogramação do Programa Operacional ON, e a negociação e implementação do Programa Operacional ON.2. Entre 2010 e 2013 foi Diretora Administrativa e Financeira de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.
A Museus e Monumentos de Portugal será a entidade responsável pela gestão do património e recursos humanos até agora tutelados pela DGPC e vai atuar “nos domínios da conservação, restauro, proteção, valorização e divulgação das coleções nacionais e do património cultural móvel; na gestão dos museus, monumentos e palácios nacionais; e na execução da política museológica nacional”.
Além disso, o ainda diretor-Geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, vai liderar o Conselho Diretivo do Património Cultural, instituto público, com sede no Porto, sendo acompanhado pelas vice-presidentes Catarina Coelho, que esde junho 2023 é subdiretora-geral do Património Cultural e durante dez anos foi diretora do Departamento dos Bens Culturais da DDGPC, e Laura Castro, atual diretora Regional de Cultura do Norte.
Neste caso, o Conselho Direto do Património Cultural será, a partir de janeiro, o “organismo de referência nacional e internacional para o património arquitetónico, arqueológico e imaterial”, a quem serão “confiadas as atribuições em matéria de salvaguarda e conservação dos bens patrimoniais, classificados ou em vias de classificação”.
Segundo o ministério da Cultura, “estas nomeações correspondem a mais um passo para a implementação do novo modelo de gestão dos museus e dos monumentos e para um reposicionamento na área da salvaguarda e divulgação do património arquitetónico, arqueológico e imaterial". O ministro Pedro Adão e Silva assegura que "esta é uma reforma ousada que permitirá ultrapassar bloqueios que se arrastam e que corresponderá a uma nova ambição para a gestão dos museus e monumentos nacionais". "Estas nomeações permitirão, desde já, promover a transição entre a Direção-Geral do Património Cultural e os novos organismos e envolver todos os atores neste processo que será de mudança profunda. O nosso património cultural tem de ter outra centralidade política", finalizou o governante.