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Elsa Moura

Regional 08.06.2020 15H59

CLIB quer 'Virar a Página' de famílias de Braga com cantina social permanente

Escrito por Elsa Moura
A confecção e distribuição de refeições começou há quase três meses. Surgiu para ajudar famílias durante duas semanas, mas o projecto já não pode parar, diz directora do Colégio.
Helena Pina Vaz, Directora do Colégio Luso Internacional de Braga

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O Colégio Luso Internacional de Braga (CLIB) acaba de lançar um novo projecto e está à procura de casa permanente no centro da cidade de Braga. Depois de 25 mil refeições confeccionadas e distribuídas em quase três meses de trabalho voluntário, a iniciativa atingiu proporções que não eram expectáveis e a direcção do CLIB quer trabalhar um modelo solidário permanente, que apoie durante o tempo necessário as famílias em dificuldade.


Helena Pina Vaz está por trás do projecto que envolve mais de duzentos voluntários e mais de duas centenas de doadores entre empresas e particulares. São eles que permitem a angariação dos alimentos necessários, a sua confecção e posterior distribuição porta a porta. Começaram por utilizar a cantina do CLIB e mais recentemente mudaram-se para as instalações do centro Paroquial de Gualtar, que cedeu temporariamente a sua casa. 


Além de refeições, o projecto tem permitido a distribuição de roupas, livros, mobília, brinquedos, etc. 


Três meses passados desde o início da pandemia no nosso país, a organização lança um novo projecto com uma resposta permanente que não existe no concelho de Braga.


Ouvida pela RUM, Helena Pina Vaz refere que "já que as pessoas precisam de ajuda", o CLIB quer fortalecer este trabalho sempre em articulação com todas as instituições. "Isto não vai ser uma resposta em que as pessoas se acomodam e que o problema fica resolvido. Será enquanto cada pessoa precisar, durante mais ou menos tempo", esclarece. Segundo a directora do CLIB, nestas últimas semanas algumas famílias "já não precisam deste apoio" e foram saindo, mas outras passaram a beneficiar.


"Há sempre pessoas que precisam de apoio alimentar nesta forma e precisam dele todos os dias", mesmo antes deste problema de saúde pública. 


Por isso, a ideia passa por "oferecer esta iniciativa à cidade" para mais ou menos pessoas, conforme forem surgindo as necessidades. O projecto "deve ser de todos e com a colaboração de todos, funcionando em rede com outras respostas", defende Helena Pina Vaz. "Virar a Página" porque não é um projecto para "coitadinhos", mas sim para "pessoas a quem surgiu um problema básico". A responsável refere que "há respostas sociais óptimas" ainda que defenda "uma articulação muito grande".

"Estamos aqui para ajudar. Vai-se resolver. Não é para sempre", argumenta a directora do CLIB.


Ainda que o objectivo passe por manter este formato, Helena Pina Vaz refere que "não se trata de um modelo fechado".


Por enquanto, a sede para o Virar a Página não existe, mas o CLIB procura um espaço que "não seja muito afastado do centro da cidade" para garantir a continuidade dos voluntários já angariados e uma rápida distribuição.

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