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Pedro Magalhães

Cultura 23.07.2020 19H40

Close Up regressa com filme de Buñuel musicado por Black Bombaim e Luís Fernandes

Escrito por Pedro Magalhães
Filme “A Idade de Ouro”, de Luis Buñuel, será musicado por Black Bombaim e Luís Fernandes e terá honras de abertura do Close Up.

O Close Up - Observatório de cinema está de regresso a Vila Nova de Famalicão, em Outubro. À 5ª edição, apresenta-se sob o mote da relação do cinema com a cidade, depois de Vítor Ribeiro, programador do Close Up, ter “verificado que havia este ano, tanto na produção contemporânea como na história do cinema, reposições que falavam na ideia de relação do cinema com a cidade, até pela questão da pandemia, que obrigou a olhar com mais força para a sala de cinema como uma reconstrução do mundo e do quotidiano”.


A Casa das Artes, palco do Close Up, vai receber 30 sessões, algumas das quais comentadas, e ainda, como habitual, filmes-concerto. Este ano, o destaque vai para o filme “A Idade de Ouro”, de Luis Buñuel, musicado por Black Bombaim e Luís Fernandes, e que terá honras de abertura do observatório.


“Pareceu-nos que a primeira longa-metragem do Buñuel, muda, ainda no seu período surrealista, podia encaixar bem neste cruzamento entre o rock corpulento dos Black Bombaim e a electrónica do Luís Fernandes”, justifica Vítor Ribeiro, manifestando estar “expectante relativamente ao resultado”.


“A Idade de Ouro” será um de vários filmes de Luis Buñuel exibidos nesta edição do Close Up, que vai destacar o período mexicano da obra do realizador. “É o período mais forte da sua filmografia. Pegou nos géneros de Hollywood, do melodrama e do policial, e, no México, com menos meios do que nos Estados Unidos, fez uma produção intensa, de qualidade”.


Na produção nacional, o Close Up vai dedicar-se à obra de Pedro Filipe Marques, realizador conhecido pelo seu trabalho documental e pela colaboração com nomes como Pedro Costa, Manuel Mozos ou Margarida Cardoso. Em Famalicão, o seu trabalho “será saltado para primeiro plano”, tendo o realizador ainda hipótese de “escolher um filme que ache importante no âmbito da sua obra”.

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