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Foto disponibilizada pela plataforma Salvar a Fábrica Confiança.
Elsa Moura

Regional 04.05.2021 15H03

CMB recusa que o logradouro da Confiança seja uma lixeira, mas admite retirar material

Escrito por Elsa Moura
Na zona foram colocados pelos serviços camarários resíduos de demolições, de construção, mas também de lâmpadas e de material eletrónico. Estão "a céu aberto" e sem isolamento do solo, ao arrepio da lei, acusa Plataforma Salvar a Fábrica Confiança.
Declarações de Cláudia Sil e Ricardo Rio

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O município de Braga volta a ser acusado de utilizar o logradouro da antiga Fábrica Confiança como depósito de materiais de obras e resíduos. A denúncia partiu da plataforma Salvar a Fábrica Confiança. Entretanto, autarquia foi esta segunda-feira notificada e vai esclarecer a situação.


Ouvida pela RUM, Cláudia Sil, porta-voz da plataforma cívica sustenta que "tem aumentado o número de resíduos e lixo de material danificado depositado no exterior da fábrica". "A área do logradouro está praticamente toda ocupada e é uma pressão que coloca em risco o próprio edifício”, começa por denunciar.


A plataforma acusa a autarquia de violar a lei e de revelar “insensibilidade”, uma vez que se trata de um edifício classificado. Cláudia Sil considera ainda “negligente” a forma como o município continua a lidar com este monumento.


A notificação, na sequência de uma queixa apresentada pela Plataforma junto da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território que pede intervenção da CCDR e da Direção-Geral do Património Cultural, chegou ontem ao municípioContactado pela RUM, o autarca de Braga, Ricardo Rio, rejeita a visão da plataforma, mas admite corrigir a situação caso seja obrigado a fazê-lo.

“Há uma distorção da realidade. A CMB não tem colocado lixo no local, tem colocado materiais de apoio às obras. O logradouro tem servido como apoio ao estaleiro. Não coloca em causa a salvagurada patrimonial ou ambiental do espaço”, explica. 


Assumindo a notificação da inspeção do ambiente, o autarca refere que a explicação será enviada para a autoridade em questão e “se a posição da inspeção se mantiver, os materiais serão retirados daquele local”.


Ricardo Rio sublinha ainda que os materiais não são resíduos de construção, mas sim “materiais de apoio às intervenções municipais”. Em declarações à RUM, o presidente da autarquia reconheceu que na esfera municipal “não há nenhuma alternativa imediata” para a colocação dos referidos materiais e que a questão será "avaliada".

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