A Comissão Eleitoral advertiu esta quarta-feira publicamente a Lista B, candidata ao Conselho Fiscal e Jurisdicional da Associação Académica da Universidade do Minho. Em causa está um eventual apelo ao voto indevido, que resultou num pedido de impugnação por parte de Afonso Silva, líder da lista concorrente a esse órgão.

O e-mail de João Rocha foi recebido pelos estudantes no dia das eleições, algo que não é permitido. Em declarações à RUM, o presidente da Comissão Eleitoral explica que houve “um e-mail enviado às 9h [hora de início das eleições] com apelo ao voto por parte do candidato da Lista B”.

O e-mail foi enviado às 23h53 de segunda-feira, sete minutos antes de entrar em vigor o período de reflexão. Apesar de isso ainda “constituir período eleitoral”, Ivo Marques refere que “o impacto é manifesto, já que foi recebido posteriormente, sendo considerada uma infracção passiva”.

Além da advertência, o candidato da Lista B foi ainda obrigado a emitir um pedido de desculpas público aos estudantes.

João Rocha justifica recepção do e-mail com atraso dos serviços da UMinho

Em declarações à RUM, João Rocha, garantindo que já enviou um comunicado a esclarecer a situação, refere que “não houve qualquer acto de má-fé”. O candidato da Lista B, explica que o atraso na recepção do e-mail se deveu à filtragem que é feita pelos serviços da Universidade do Minho. 

“O que aconteceu foi que os e-mails enviados para o e-mail institucional têm uma filtragem por parte dos serviços da Universidade do Minho sem qualquer lógica racional a nível cronológico”, afirma.

Perecebendo que “alguns estudantes se tenham sentido afrontados”, João Rocha afirma que “houve também alunos a receber o e-mail minutos depois e no dia seguinte em relação à hora em que foi enviado”. Segundo o candidato da Lista B, “não é a primeira vez que isto acontece”, garantindo que “não teme” ser desqualificado.