Os ritmos portugueses e brasileiros vão voltar a invadir e colorir as ruas do centro da cidade de Braga. Esta sexta-feira e sábado, são esperadas mais de 14 mil pessoas nesta que será a oitava edição “Do Bira ao Samba” depois de dois anos no digital.

Na apresentação do evento, organizado pelos Bomboémia e pela ARCUM – Associação Recreativa e Cultural da Universidade do Minho, que teve lugar no Café Vianna, Ricardo Milhazes, diretor do grupo de percussão da academia minhota, revela que o primeiro dia será dedicado às tradições portuguesas e a ritmos com raízes nessas mesmas sonoridades, nomeadamente, o "folk".

Todas as iniciativas arrancam pelas 15h00 com entrada livre. No palco secundário, a animação estará ao cargo dos Porbatuka. Segue-se o workshop de tambor galego com Andrés Vilán. Pela primeira vez, o evento irá dinamizar uma roda de concertinas que pretende reunir todos os amantes do instrumento para tocar e dançar.

Pelas 18h30, arranca o tradicional Arraial Minhoto com a Rusga de S.Vicente, Tun´ao Minho, Tuna Universitária do Minho e os Pauliteiros de Miranda do Orfeão da Universidade do Porto.

A abertura do palco principal fica ao cargo dos Bomboémia. A festa continua com ritmos folk com raízes na música tradicional portuguesa, Seiva, Pauliteiros de Miranda do Orfeão da Universidade do Porto e Dj Gaiteirinho.

No sábado, às 21h30, está de regresso o já habitual ´Monumental cortejo de Carnaval fora d´época` que contará com a participação da escola de samba Real Imperatriz assim como de nove grupos culturais, entre eles: Bombar't , Porbatuka, Ida e Volta, Pauliteiros do Orfeão da Universidade do Porto, Rusga de São Vicente, Bate no Cobre e Bomboémia. O cortejo sai do Arco da Porta Nova e termina na Avenida Central.

Mais cedo, pelas 15h00, há animação de rua com Bate no Cobre. Meia hora depois os interessados em aprender a sambar podem fazê-lo num workshop dinamizado pelo grupo Forró de Braga. Antes do desfile de carnaval, por volta das 17h00, há pagode com Minho de Janeiro.

O palco principal, a partir das 23h30, estará entregue ao Samba do Porto. Para fechar a oitava edição do festival, sobe ao palco Naiara Queiroz e Banda.

No final dos dois dias de evento, a organização quer deixar as ruas do centro da cidade dos arcebispos limpas. Para isso serão vendidos copos reutilizáveis. Este é um evento que conta também com uma vertente solidária, todas as refeições que não forem vendidas serão doadas à Refood.

O projeto que nasceu em 2014, com o intuito de integrar o programa da “Braga Capital Ibero-Americana da Juventude em 2016”, conta com o apoio do Município de Braga. Sameiro Araújo, vereadora com o pelouro da Juventude, sublinha a relevância do festival para o programa cultural bracarense. A governante fala num programa "extremamente ambicioso" e de "grande dimensão".

Mariana Teófilo, presidente da ARCUM, deixa o convite a todos os bracarenses, minhotos e residentes a fazer parte desta grande festa da lusofonia e da ligação histórica entre Portugal e o Brasil. A entrada e participação é livre.