Concessionário da restauração é obrigado a comprar parte dos produtos no próprio Mercado

O concessionário da ala da alimentação do Mercado de Braga será obrigado a comprar parte dos produtos alimentares nas restantes bancas do espaço municipal.

A obrigação consta do caderno de encargos do concurso público que, adiantou ontem à RUM a vereadora Olga Pereira, foi entregue à Living Markets SA, pertencente à Sonae Sierra, subsidiária da Sonae SGPS.

Essa imposição, refere a autarca, vai contribuir para uma “dinâmica acrescida” e para uma nova “economia” dentro do próprio mercado. E acrescenta que a ala da alimentação “vai ser importante na alavancagem do espaço porque “vai trazer um público que não é o habitual”.

Apesar da presença da nova ala da alimentação, que deve abrir no máximo até julho deste ano, Olga Pereira reforça que o mercado “não vai perder a sua característica fundamental, que é a de vender produtos frescos”.

Concessão da ala da alimentação “foi uma ótima opção”

A adjudicação da ala da alimentação foi entregue à empresa que apresentou o segundo maior valor entre três concorrentes para a exploração do espaço.


A concessão acabou por ter sido atribuída à Living Markets SA porque o preço conta 20% nos fatores do concurso público, sendo os restantes a qualidade do projecto (45%) valia técnica (35%).


A vereadora Olga Pereira reforça, por isso, que a opção de adjudicar a restauração no mercado “foi uma ótima opção”, visto que “o setor da restauração não é uma área de negócio de uma autarquia” e não cabe ao município “fazer concorrência aos restantes restaurantes da cidade”.



Vereadora lembra que concurso foi “aberto a quem quis participar”

O concurso público de adjudicação do mercado foi entregue à Living Markets SA, empresa que, segundo referiu Olga Pereira ontem à RUM, fazia “a gestão do mercado do Bom Sucesso, no Porto”. O certo é que a empresa em questão, como a RUM noticiou, só foi criada em novembro do ano passado. É propriedade da Sonae Sierra, subsidiária da Sonae SGPS.


Contactada hoje pela RUM, a vereadora da Gestão e Conservação de Equipamentos Municipais admite que a empresa em específico poderá não ser a responsável pela concessão do mercado portuense mas lembra que grandes grupos económicos como a Sonae “têm uma diversidade de pessoas coletivas associadas”.


A autarca explica ainda que o concurso público foi “aberto a quem quis participar” e recordou que a sua função é a de vereadora e não de júri do concurso. “Obviamente não andei a escrutinar as sociedades que se apresentaram a concurso”, esclarece.


*Atualizado no dia 3 de fevereiro com correção sobre a empresa detentora da Living Markets SA

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Pedro Magalhães
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