Academia 03.11.2023 12H58
Conselho Geral passará a contar com 29 membros. TAG terão mais um representante
Maior alteração será em termos de membros externos que passam de seis para oito elementos. Revisão dos estatutos terá de ser, ainda, aprovada na globalidade.
O Conselho Geral da Universidade do Minho vai passar de 23 para 29 membros. Desta forma, a revisão dos estatutos da Universidade do Minho, mais concretamente do artigo 29 referente à ´Composição do Conselho Geral´, prevê a existência de 15 representantes de professores e investigadores, quatro estudantes, dois técnicos, administrativos e de gestão (TAG) e oito membros externos. A alteração prevê assim um reforço de um elemento para os TAG e mais dois externos.
A votação (ponto a ponto) teve de ser repetida devido à falta de consenso em relação às três propostas apresentadas. Os 19 conselheiros presentes optaram pela proposta que prevê o aumento de 23 para 29 representantes no órgão colegial máximo de governo e de decisão estratégica da Universidade, sendo que estava em discussão uma terceira opção de 33 elementos (17 professores e investigadores, cinco estudantes, dois técnicos, administrativos e de gestão e nove externos).
O Conselho conseguiu chegar a uma maioria qualificada com nove votos a favor, três contra e seis abstenções.
Na sua intervenção Victor Soares, representante dos técnicos, administrativos e de gestão, fez questão de sublinhar que o conselho tem “a obrigação e a ocasião histórica de deixar uma mensagem clara, de que o Conselho fica mais enriquecido com a participação de mais do que um representante dos trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão e ficando o Conselho enriquecido ficará também a Universidade e nós todos”.
Para a conselheira Manuela Soares e António Gonçalves, o aumento do número de conselheiros pode vir a tornar os processos de decisão mais “demorados” e “pouco eficientes”, logo são defensores da continuidade da atual composição.
Visão distinta tem o conselheiro Tiago Miranda, esta é uma forma de retirar a sobrecarga sobre o único representante dos TAG, visto que acaba por estar presente em diversos grupos de trabalho. “Percebo o argumento da eficácia, mas julgo que deve ser trabalhada de outra forma”, sublinha.
Do lado dos estudantes Miguel Martins foi o único a defender o aumento para 33 conselheiros, uma vez que iria significar mais um representante para os alunos. Já Margarida Isaías considera que a proposta de 23 elementos, ou seja, a continuidade da presente composição seria a melhor decisão, uma vez que qualquer uma das novas opções em discussão significa uma sub-representação dos estudantes. Recorde-se que a UMinho conta com mais de 20 mil estudantes.
Para o membro externo Joaquim Freitas a premissa da representatividade é uma falsa questão. “Do meu ponto de vista o cenário tal qual ele está é o melhor, o cenário dos 33 parece-me absolutamente inexequível”, afirma.
Recorde-se que a proposta de revisão dos estatutos da Universidade do Minho terá de ser votada na globalidade.