Conselho Geral passará a contar com 29 membros. TAG terão mais um representante

O Conselho Geral da Universidade do Minho vai passar de 23 para 29 membros. Desta forma, a revisão dos estatutos da Universidade do Minho, mais concretamente do artigo 29 referente à ´Composição do Conselho Geral´, prevê a existência de 15 representantes de professores e investigadores, quatro estudantes, dois técnicos, administrativos e de gestão (TAG) e oito membros externos. A alteração prevê assim um reforço de um elemento para os TAG e mais dois externos.
A votação (ponto a ponto) teve de ser repetida devido à falta de consenso em relação às três propostas apresentadas. Os 19 conselheiros presentes optaram pela proposta que prevê o aumento de 23 para 29 representantes no órgão colegial máximo de governo e de decisão estratégica da Universidade, sendo que estava em discussão uma terceira opção de 33 elementos (17 professores e investigadores, cinco estudantes, dois técnicos, administrativos e de gestão e nove externos).
O Conselho conseguiu chegar a uma maioria qualificada com nove votos a favor, três contra e seis abstenções.
Na sua intervenção Victor Soares, representante dos técnicos, administrativos e de gestão, fez questão de sublinhar que o conselho tem “a obrigação e a ocasião histórica de deixar uma mensagem clara, de que o Conselho fica mais enriquecido com a participação de mais do que um representante dos trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão e ficando o Conselho enriquecido ficará também a Universidade e nós todos”.
Para a conselheira Manuela Soares e António Gonçalves, o aumento do número de conselheiros pode vir a tornar os processos de decisão mais “demorados” e “pouco eficientes”, logo são defensores da continuidade da atual composição.
Visão distinta tem o conselheiro Tiago Miranda, esta é uma forma de retirar a sobrecarga sobre o único representante dos TAG, visto que acaba por estar presente em diversos grupos de trabalho. “Percebo o argumento da eficácia, mas julgo que deve ser trabalhada de outra forma”, sublinha.
Do lado dos estudantes Miguel Martins foi o único a defender o aumento para 33 conselheiros, uma vez que iria significar mais um representante para os alunos. Já Margarida Isaías considera que a proposta de 23 elementos, ou seja, a continuidade da presente composição seria a melhor decisão, uma vez que qualquer uma das novas opções em discussão significa uma sub-representação dos estudantes. Recorde-se que a UMinho conta com mais de 20 mil estudantes.
Para o membro externo Joaquim Freitas a premissa da representatividade é uma falsa questão. “Do meu ponto de vista o cenário tal qual ele está é o melhor, o cenário dos 33 parece-me absolutamente inexequível”, afirma.
Recorde-se que a proposta de revisão dos estatutos da Universidade do Minho terá de ser votada na globalidade.
