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Liliana Oliveira

Regional 26.05.2021 18H01

Construtora dst atribui 21 bolsas de estudo a jovens de etnia cigana

Escrito por Liliana Oliveira
A construtora dst foi galardoada com o Prémio OBCIG Empresas Integradoras, por desempenhar um papel importante na integração laboral de pessoas ciganas. dst group emprega 142 trabalhadores de diferentes nacionalidades e 11 refugiados.
José Teixeira, do dst group, e Cláudia Pereira, secretária de Estado para a Integração e Migrações

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A construtora do dst group vai atribuir 21 bolsas de estudo a jovens de etnia cigana, do 3.º ciclo ou ensino secundário, do distrito de Braga. Esta quarta-feira, a empresa assinou um protocolo com o Alto Comissariado para as Migrações e com três associações representativas de pessoas ciganas, nomeadamente a Síla Dinâmica- Associação Intercultural; Associação Social Recreativa Cultural Cigana de Coimbra e a Associação Costume  Colossal. Cada uma das associações vai receber uma verba de 3.150 euros, que permite atribuir sete bolsas de estudo, de 150 euros mensais, a jovens da comunidade cigana. 


Para José Teixeira, presidente do conselho de administração do dst group, "a educação é a chave da integração". "A erradicação da pobreza passa pela educação e pela aceitação das diferenças como fator de enriquecimento social", referiu o responsável. Além da atribuição deste apoio, o engenheiro espera poder "acompanhar o percurso escolar" destes jovens e, por isso, vai "comparticipar um estudo que visa encontrar formas de reter os jovens ciganos na escola". 


Estes protocolos, disse a secretária de Estado, são importantes "para a integração laboral de pessoas ciganas e para inspirar outras entidades empregadoras". Cláudia Pereira sublinhou ainda que "as bolsas fazem a diferença para eliminar o absentismo e insucesso escolar" desta comunidade.


Na sessão que decorreu nas instalações da dst, a construtora foi galardoada com o Prémio OBCIG Empresas Integradoras, por desempenhar um papel importante na integração laboral de pessoas ciganas. 

"É uma empresa com valores, que mudou a minha vida", disse José Garcia, um dos trabalhadores de etnia cigana, que integra a dst há três anos.


dst group emprega 142 pessoas de diferentes nacionalidades


No dstgroup "há 142 trabalhadores de diferentes nacionalidades". Chegam do Congo, Bangladesh, Síria, Paquistão, Ucrânia, Angola, Brasil, Guiné ou Senegal. "Uma empresa é feita da diversidade e a sua riqueza é desta diversidade", afirmou o presidente do dst group.


Aproveitando a presença da secretária de Estado para a Integração e Migrações, José Teixeira deixou uma sugestão ao Governo para facilitar a integração laboral de minorias: "Com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), as empresas têm disponíveis fundos e eu propunha, como empurrão, que, para ter majoração de algumas candidaturas, as empresas deviam fazer prova de que empregam minorias". "Não tem custo para o Estado, que estará a dizer que defende a ideia de um Portugal integrador, onde todos são benvindos e todos fazem a riqueza do coletivo", acrescentou. Segundo o engenheiro, o Governo podia facilitar esta integração de minorias através, por exemplo, do IEFP. "Quando tivéssemos estágios profissionais, empurrava-se para o início da fila as comunidades que têm mais dificuldade em entrar no mercado de trabalho", acrescentou.


"Numa primeira fase, as empresas que optam pela diversidade têm mais trabalho, mais lento para conjugar toda a diversidade, mas, a médio prazo, há ganhos económicos que são acelerados", evidenciou a secretária de Estado para a Integração e Migrações. Para Cláudia Pereira, os ganhos prendem-se, sobretudo, com "o aumento da criatividade, o exemplo que as empresas dão, o aumento do enfoque em soluções mais inclusivas, que alarguem o mercado da empresa, e a melhoria da imagem pública da organização, que, neste caso, já tem contagiado outras empresas". 


José Teixeira emprega refugiados, sobretudo, pelo "dever social". "Os 11 refugiados que estão aqui a trabalhar recebem 440 euros por 20horas de trabalho e dos 2.400 trabalhadores do grupo nenhum recebe o salário mínimo. O salário mínimo do grupo dst é 15% acima do previsto na lei. Entender o drama dos refugiados é reconhecer o seu direito à liberdade", frisou. 

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