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Nuno Gonçalves/ UMinho
Liliana Oliveira

Regional 18.06.2021 07H00

Covid-19. Maioria dos novos casos em Braga são contraídos em contexto familiar

Escrito por Liliana Oliveira
Têm sido registados entre 15 a 25 novos casos por dia, maioritariamente em jovens até aos 18 anos.
João Manuel Cruz, Porfírio Oliveira, Domingos Sousa, Rui Vieira de Castro e Ricardo Rio fazem ponto de situação do impacto da Covid-19 no concelho

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A maioria dos novos casos de Covid-19 que se têm registado em Braga são contraídos em contexto familiar e por jovens até aos 18 anos. A informação foi avançada pelo coordenador da unidade de saúde pública, João Manuel Cruz, na sessão que decorreu esta quinta-feira, na reitoria da UMinho, a propósito da campanha “Braga fecha a porta ao vírus”.


Segundo o médico, "a taxa de incidência é de 170 casos por 100 mil habitantes e os números têm oscilado entre 15 a 25 novos casos". A contração da doença acontece, sobretudo, na faixa etária até aos 18 anos (25%), registando-se uma "incidência baixissíma, de 4%, em pessoas já vacinadas, nomeadamente acima dos 56 anos".

"Cinquenta e três por cento dos novos casos são contraídos no meio familiar e 11% em contexto escolar", esclareceu ainda João Manuel Cruz.

Neste momento, fez ainda saber o responsável, "está a decorrer um rastreio às empreasas, tendo sido realizados nos primeiros dias 1471 testes", através dos quais foram identificados três casos positivos e um que ainda aguarda confirmação.


Até ao momento, já foram efetuadas "121 mil inoculações", sendo que "46 mil bracarenses têm já a vacinação completa e a 74 mil já foi administrada uma dose", informou o diretor do ACES-Braga, Domingos Sousa. Acima dos 60 anos, "há apenas 2 470 utentes por vacinar", que, relembrou o responsável, podem agora dirigir-se ao Altice FORUM Braga, onde decorre a vacinação, a partir das 18horas. "Estamos a vacinar pessoas com menos de 53 anos e a nível nacional estamos a trabalhar com a convocação de utentes centrais acima dos 35 anos", adiantou ainda.


O processo de vacinação poderá estar a surtir efeitos no número de hospitalizações. Por esta altura, no Hospital de Braga estão "apenas nove pessoas internadas, uma das quais em cuidados intensivos", informou Porfírio Oliveira, presidente do conselho de administração. "Estamos numa situação de alguma preocupação em relação aos números e achamos que era o momento oportuno para relembrar esta campanha", referiu.



Não há surtos na UMinho, mas Governo continua sem dar luz verde à testagem da comunidade académica


O reitor da Universidade do Minho garante que "não há nenhum surto dentro da comunidade académica". Rui Vieira de Castro relembrou "o ambiente fortemente regulado" dentro dos campi, que considera estar a contribuir para "a atenuação dos riscos". "A minha expectativa é que os membros da comundiade académica sejam capazes de transferir para os outros contextos em que atuam as regras que subordinam a sua atuação dentro da Universidade", referiu. 


Ainda sem luz verde do ministério do Ensino Superior para retomar a testagem massiva dos alunos da Universidade do Minho, o reitor frisa a importância de "rever esta posição, perante um cenário de agravamento da situação, para que sejam criadas condições que permitam retomar essas campanhas de rastreio, que não resolvem o problema, mas permitem perceber a existência de casos". O único apoio que tem chegado, revelou Rui Vieira de Castro, é referente a estudantes-atletas. 


"Não é uma situação dramática, não estamos numa situação comparável há de alguns meses, mas o momento exige a responsabildiade de todos", afirmou o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, apelando "à comunidade que atue com regra".


“Braga Fecha a Porta ao Vírus” é o nome da campanha que junta, desde setembro, o Hospital de Braga, a Câmara Municipal, a Universidade do Minho e o Agrupamento de Centros de Saúde do Cávado I - Braga, no sentido de alertar a população para a propagação da Covid-19 no concelho. O reitor considera que esta foi uma campanha "que teve uma expressão significativa e mobilizadora". Na altura em que "os convívios entre as pessoas são mais significativos", as entidades quiseram "reforçar o apelo para manter uma enorme e continuada vigilância sobre os comportamentos".

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