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Vanessa Batista

Cultura 23.11.2022 11H30

Da investigação à luta contra a ditadura. Um espólio pessoal disponível a partir de hoje

Escrito por Vanessa Batista
Arquivo Distrital de Braga apresenta publicamente esta quarta-feira o espólio pessoal de Victor de Sá.
Declarações do diretor do Arquivo Distrital de Braga, António Sousa, sobre o arquivo pessoal de Victor de Sá que será apresentado ao final da tarde.

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Da investigação à luta contra a ditadura de Salazar passando pelo gosto de promover hábitos de leitura. Este é algum do arquivo pessoal de Victor de Sá (1921-2004) que a partir desta quarta-feira, 23 de novembro, passará a estar disponível ao público no Arquivo Distrital de Braga.


A RUM conversou com o diretor do espaço, António Sousa, que confessou que a equipa, com algumas limitações em termos de recursos humanos, demorou perto de um ano a tratar um espólio muito "volumoso" e "diversificado".


Para além dos rascunhos da sua tese, neste espólio pessoal poderá encontrar discursos de intervenção social e política, visto que foi opositor do regime ditatorial, assim como vários mandados de captura da PIDE e notas do tempo em que representou o Partido Comunista como primeiro deputado, na Assembleia da República. Trata-se por isso de um espólio que passa pelos anos 40 e chega ao século XXI.


"Temos na nossa posse cerca de 4 mil cartas, cartões e telegramas que escreveu", adianta o diretor. Um dos aspetos destacados é a paixão de Victor de Sá sobre a leitura. Foi fundador da Livraria Victor, que teve uma atividade editorial arrojada, e criou uma biblioteca móvel.


António Sousa não tem dúvidas que este será um arquivo que poderá ser uma mais valia para investigadores de história, mas também documentaristas.


A partir de hoje o arquivo de Victor de Sá fica disponível para consulta com descrições sobre as unidades que os compõem. Em breve, estará também disponível para consulta online.


A apresentação pública do Arquivo Distrital de Braga está agendada para as 18h00, com intervenções da vice-reitora para a Cultura e Sociedade da UMinho, Joana Aguiar e Silva, do diretor do Arquivo, António Sousa, e do antigo diretor da Biblioteca Pública de Braga (BPB), Henrique Barreto Nunes e de Ana Sandra Meneses, técnica superior do Arquivo. Além do espólio do historiador estará patente até 16 de dezembro uma exposição sobre o seu arquivo. A entrada é livre. 

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