O número de desempregados registados nos centros de emprego em Portugal cifrou-se, no fim do mês de outubro, em 303.356 indivíduos, mais 4,9% que no mesmo mês de 2022 e mais 1,1% que em setembro, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP).

Os mais de 303 mil desempregados representam 66,3% de um total de 457.753 pedidos de emprego nesse mesmo mês, segundo o serviço de emprego do Estado.

“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2022, na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+21.337). Em sentido inverso há uma diminuição dos inscritos há 12 ou mais meses no ficheiro dos serviços de emprego (-7106)”, lê-se na nota do IEFP.

Ao longo de outubro inscreveram-se, no total, 54.694 pessoas como desempregadas.

O desemprego registado aumentou em todas as regiões, exceto nos Açores (-14,2%) e na Madeira (-26,6%). O maior aumento foi observado no Algarve (uma subida de 8,9%).

Face ao mês anterior também foi no Algarve que se deu a maior subida (23,1%), mas neste caso também nos Açores e na Madeira se registaram aumentos. Pelo contrário, as únicas exceções foram o Norte e Centro do país.

Em Portugal Continental, os grupos profissionais dos desempregados registados mais representativos foram os dos trabalhadores não qualificados (26,5%); trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores (19,8%); pessoal administrativo (12%) e especialistas das atividades intelectuais e científicas (11,5%).

No que toca à atividade económica, entre os 260.664 desempregados inscritos como candidatos a novo emprego, “72,5% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (que representam 32,6%); 20% eram provenientes do setor secundário, com particular relevo para a construção” (6,1%); ao setor agrícola pertenciam 4,7% dos desempregados”.

Em relação às ofertas de emprego, em outubro foram recebidas 10.740 ofertas, mais 12,7% que em outubro de 2022, mas menos 15,6% que em setembro. As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo do mês foram as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio, que representam 19,6% do total.

c/Expresso