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Liliana Oliveira

Regional 06.04.2021 16H17

Devido à falta de computadores há escolas no distrito a usar Magalhães

Escrito por Liliana Oliveira
Secretário de Estado da Educação garante que Governo "está, neste momento, a fazer a distribuição de equipamentos para professores”.

Com o ensino à distância, os computadores passaram a ser um instrumento de trabalho indispensável, mas, no distrito de Braga, os equipamentos que chegaram do Governo parecem não ser suficientes para garantir mais qualidade no ensino. Em Vila Nova de Famalicão, a falta de computadores obrigou o Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado a recorrer aos Magalhães, que foram distribuídos pelo Governo no ano letivo 2008/2009.


Na grande reportagem da RUM “Diagnóstico: Covid. Como saúde, educação e justiça sobreviveram ao ultimo ano, o diretor José Alfredo Mendes, revela que "o número de alunos sem computador aumentou exponencialmente este ano letivo”. 

Os que chegaram do Governo não foram suficientes e, por isso, recuou-se ao ano letivo 2008/2009. Dos 370 mil Magalhães distribuídos, 50 voltaram a ser usados neste agrupamento, mais de dez anos depois. Além disso, estão em uso “15 mini tablets, cedidos pela Federação Concelhia das Associações de Pais, 12 tablets e estão a ser distribuídos 22 computadores portáteis do Plano de Transição Digital do Governo”. A Câmara de Famalicão, revela ainda José Alfredo Mendes, “forneceu vários computadores o ano passado”.


No 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário, foram distribuídos 131 computadores do Plano do Governo, aos alunos do 10.º ao 12.º ano, 74 da Câmara e Agrupamento e 33 tablets, cedidos pelo município, além das ligações à internet. Em Famalicão, houve ainda, pelo menos, a União de Freguesias de Ruivães e Novais a assegurar equipamentos informáticos aos residentes, sinalizados pelo Agrupamento.


“Os computadores do Plano de Transição Digital ainda são em número insuficiente, uma vez que está prevista a sua distribuição para alunos de escalão A, B e C e só distribuímos aos A e B e, mesmo assim, não na sua totalidade”, lamenta José Alfredo Mendes. 


"Havia professores que nem computador tinham em casa”


Em Barcelos, no Agrupamento de Escolas Alcaides de Faria, onde Isabel Araújo dá aulas, "havia professores que nem computador tinham em casa”. “Há muitos professores que têm muitas dificuldades ao nível das tecnologias e nós fechamos a escola numa sexta e na segunda-feira já estávamos a começar com aulas online”, acrescentou. Esta falta de conhecimentos faz com que os “os professores sejam pouco dinâmicos na forma como lecionam e alguns alunos sentem-se desmotivados”.


O secretário de Estado da Educação, João Costa, adiantou, na mesma reportagem, que "depois de numa primeira fase o Governo se ter concentrado na distribuição de equipamentos aos alunos com maior carência socioeconómica, está, neste momento, a fazer a distribuição de equipamentos para professores”. O Governo tem levado a cabo diferentes formações. De acordo com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, estas competências têm sido transmitidas aos professores através de “vídeos tutoriais, webinars, workshops ou oficinas”. “Fizemos, entre março de 2020 e meados de janeiro de 2021, cerca de 70 formações, muito orientadas para o domínio de competências básicas e cibersegurança, que chegaram a cerca de três mil professores”.

Se na saúde falamos de heróis de bata branca, na educação aparecem os “embaixadores digitais”, professores responsáveis por acompanhar o trabalho de capacitação dos docentes. O Governo realizou, entretanto, o “check-in dos professores para serem colocados em níveis de formação e responderam na 1.ª fase, antes de dezembro, 89 mil docentes, na 2.ª fase mais de 100 mil e o Governo quer abrir a 3.ª fase”.



A grande reportagem da RUM pode agora ser lida aqui  e ouvida aqui

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