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© Israeli Army / AFP 
Redação

Internacional 05.11.2023 17H13

Dezenas de mortos em novo ataque israelita contra campo de refugiados 

Escrito por Redação
Primeiro-ministro israelita volta a fechar a porta a cessar-fogo sem libertação de reféns.  

Um novo ataque noturno israelita contra um campo de refugiados em Gaza matou pelo menos 45 pessoas e feriu perto de uma centena. O alvo foi Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza.


O exército de Israel garante já ter ter atacado 2.500 alvos do Hamas. 


O Ministério da Saúde de Gaza atribui a responsabilidade à aviação israelita. Mas as Forças de Defesa de Israel dizem estar ainda a investigar.

O tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz do Tsahal, não quis confirmar, ouvido pela BBC, se a explosão no campo de Al-Maghazi foi causada pelos bombardeamentos israelitas. Afirmou que a situação no sul da Faixa de Gaza "é definitivamente mais segura".


Primeiro-ministro israelita volta a fechar a porta a cessar-fogo sem libertação de reféns

"Não haverá cessar-fogo sem que os nossos reféns sejam devolvidos. Dizemos isto aos nossos inimigos e aos nossos amigos. Vamos continuar até que os derrotemos", vincou Benjamin Netanyahu durante uma deslocação a uma base da Força Aérea no sul de Israel.


"Disse o que Portugal pensa e o que todos pensamos". Marcelo entre manifestantes pró-palestinianos


O presidente da República insistiu este domingo que a posição portuguesa face ao conflito israelo-palestiniano é a mesma adotada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Marcelo Rebelo de Sousa protagonizou, em Belém, tensas trocas de palavras com manifestantes pró-palestinianos.


Confrontado por uma manifestante que disse ser pró-Palestina, mas contra o terrorismo, o presidente da República respondeu que “a posição portuguesa é isso mesmo: é contra o terrorismo, mas é a favor de um Estado palestiniano”.


Sobre as palavras que transmitiu ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal na sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “disse o que Portugal pensa e o que todos pensamos”.


A outra manifestante, o presidente quis esclarecer que o que disse a Nabil Abuznaid foi que “um grupo começou agora mas, noutras ocasiões, outros grupos começaram”.

“Você devia ter vergonha”, apontou outro dos manifestantes, a quem Marcelo respondeu que não disse que foram os palestinianos quem começou a guerra, mas sim “um grupo”. “O senhor não é comentador, é o presidente de todos os portugueses. O senhor fala demais”, criticou o participante no protesto.

“Marcelo, aprende a história da palestina” e "não são números, são pessoas" foram algumas das frases ouvidas na manifestação em Belém.


Enquanto caminhava por entre os participantes no protesto nos jardins de Belém, o chefe de Estado expressou por várias vezes que Portugal defende o “direito a haver um Estado palestiniano”, mas que, para tal, “tem de haver condições”.

“Quando há decisões tomadas ao longo de muito tempo pelas Nações Unidas, depois se não há condições para aplicar, isso depois questiona a própria autoridade das Nações Unidas”, acrescentou.


O chefe de Estado referiu ainda que “se houver qualquer coisa, que nem é preciso ser genocídio, basta ser atentado contra vítimas inocentes civis, de qualquer das partes, isso vai contra o direito humanitário”.


Há dois dias, numa conversa com Nabil Abuznaid, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “o radicalismo cria um ambiente de radicalismo e, desta vez, o radicalismo veio de alguns palestinianos, de um grupo”.

“Sei que culpam Israel por isto, mas desta vez foi alguém do vosso lado que começou”, afirmou então o presidente. Na mesma troca de palavras, Marcelo disse saber que os palestinianos vivem sob ocupação há décadas, mas continuou a defender que “não deviam ter começado isto”.


No sábado, o presidente disse não compreender a polémica gerada pela conversa de sexta-feira com o chefe da missão diplomática da Palestina, garantindo que apenas defendeu a moderação dos dois lados do conflito.


RTP

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