ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

ACB. Diretor geral, Rui Marques
Elsa Moura

Regional 07.04.2021 14H40

“É inevitável uma nova geração de apoios para o período de transição”

Escrito por Elsa Moura
O diretor geral da Associação Comercial de Braga (ACB) assume que um novo confinamento seria "trágico" e acredita que o setor da restauração será dos primeiros a reanimar.
Rui Marques em declarações ao programa Campus Verbal

false / 0:00

É "determinante" lançar uma nova geração de apoios para o período de transição. O aviso é deixado pelo diretor geral da Associação Comercial de Braga que assume que muitas empresas têm lutado pela sobrevivência e que já não aguentam mais confinamentos. Esta terça-feira à noite, em entrevista ao Campus Verbal, Rui Marques lembrou que a reabertura de muitos negócios nesta fase não significa uma geração de receitas suficiente para as despesas mensais. “Não é fácil estimar quanto tempo, mas já sabemos que por norma, nestes períodos de reabertura, muitos destes negócios não conseguem gerar receita suficiente para fazer face aos seus custos de funcionamento”, avisa o responsável que defende, por essa razão, os apoios à normalização da atividade económica”.


O diretor geral reconhece também que os apoios que chegaram ao longo destes meses foram “muito importantes” para a sobrevivência de muitos empregos e colocaram um travão nos processos de insolvência.


Além da retoma da economia, o responsável avisa que o Estado precisa de "priorizar investimentos estruturantes" que ficaram esquecidos com a pandemia. "O foco tem sido só a sobrevivência, mas para continuarmos a ser competitivos, as empresas precisam de investir", explica. Nesse programa "musculado" que reclama, Rui Marques afirma que o apoio às empresas deve ser "transversal" e reforçar a "internacionalizaão, a transferência de conhecimento, assim como a transição digital e a transição energética".


Setor da restauração vai reanimar "rapidamente"


O desemprego no setor da restauração e hotelaria aumentou, mas o diretor geral da ACB considera que apesar de se tratar de um assunto sempre “preocupante”, não é significativo no concelho até porque de outra forma, as empresas não podiam concorrer aos apoios disponibilizados. "Só em casos de absoluta necessidade é que isso aconteceu", disse, acreditando que rapidamente esses postos serão recuperados.


Lembrando que antes da pandemia, a preocupação dos empresários de Braga estava na dificuldade em contratar pessoas, o responsável acredita que este setor, ainda que seja um dos mais afetados pela pandemia, será um dos primeiros a recuperar. "Vai ser dos setores que rapidamente vai animar. Vão surgir novos negócios e as pessoas que eventualmente tenham saído do setor para o desemprego acreditamos que facilmente serão absorvidas novamente pelo tecido empresarial da região", atestou.


"Um novo confinamento seria trágico"


O diretor geral da Associação Comercial de Braga assume que as empresas têm superado estes períodos "com muito esforço" e, sobretudo, "através da injeção de capital nas empresas, sejam capitais próprios como empréstimos das famílias e dos bancos".


Procurando afastar uma nova solução de confinamento, Rui Marques avisa ainda que os limites impostos pelo governo para reavaliação das medidas são "facilmente atingíveis". 

Deixa-nos uma mensagem