ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

null
Elsa Moura

Autárquicas 2021 14.09.2021 22H33

"É uma falsa ideia dizer que Braga é uma cidade segura"

Escrito por Elsa Moura
Candidatura do Chega à Câmara Municipal de Braga pretende instalar câmaras de vídeo-vigilância pela cidade.

Um dos pontos programáticos mais extensos da candidatura do Chega à Câmara Municipal de Braga é a segurança. Eugénia Santos, a candidata do partido que se estreia nestas eleições autárquicas, considera que a taxa de criminalidade em Braga "é muito superior aos dados que são dados a conhecer" e diz que essa é uma das razões para querer instalar câmaras de vigilância em ruas de todas as freguesias urbanas. "Um dos pilares do programa é a segurança. Nem sempre o que parece é. Muitos estrangeiros procuram Braga pela questão da segurança, mas isso é uma falsa ideia", atira.


O Chega reclama mais forças policiais e quer atribuir "mais responsabilidades à Polícia Municipal de Braga", ainda que a candidata não especifique quais. Eugénia Santos refere que é necessário "sensibilizar" os bracarenses para que tenham "o mesmo respeito" perante um Polícia Municipal ou um agente da PSP.


Candidata defende o despejo de famílias em bairros sociais sempre que exista um crime

A candidata Eugénia Santos admite, em entrevista à RUM, a recuperação do Bairro do Picoto com a garantia de que qualquer obra posterior será sempre da responsabilidade de quem lá vive, mas exige uma regra para este e para os restantes bairros sociais em Braga: "A partir do momento em que aconteça algum crime, alguma rusga, seja o que for, a pessoa tem que ficar automaticamente sem a casa. Não faz sentido nenhum ter esse benefício e depois não cumprir o seu dever na sociedade", argumenta.


Em matéria ambiental, o programa aponta a medida "poluidor-pagador" em que os sacos do lixo são comprados nas juntas de freguesia tendo um custo diferenciado de acordo com a reciclagem que é feita por cada família.

Um dos assuntos presente em quase todos os programas eleitorais em 2021 é a remunicipalização da Agere. Eugénia Santos também defende a saída dos privados da empresa ainda que não seja "de imediato" mas através de um acordo faseado com os parceiros privados. Para o arranque do mandato defende a redução da tarifa da água em 10% e uma auditoria à Agere e à própria autarquia.


"Todos os dias acontecem situações de corrupção na Câmara Municipal de Braga"

Corrupção e transparência são duas palavras repetidas no discurso da candidata. Eugénia Santos afirma que não é possível fechar os olhos ao que se passa nas câmaras municipais. "Toda a gente sabe o que se passa na câmara municipal. Toda a gente sabe que para uma licença, se não conhecermos A, B ou C, a nossa vai demorar três anos, se conhecermos ou até lhe dermos uma notita por baixo da mesa, a licença rapidamente aparece", exemplifica. A candidata do Chega afirma que situações destas, "acontecem todos os dias na Câmara Municipal de Braga".

Eugénia Santos promete "clareza e transparência" e atira-se aos atuais partidos da oposição em Braga. "A oposição não é oposição, andam à volta e não dizem nada. Já chega de esconderem coisas que toda a gente sabe que acontecem", avisa.


Na mobilidade, além de um investimento nos Transportes Urbanos de Braga, o Chega quer uma circular entre Cabreiros e a rotunda do Fojo. Eugénia Santos afirma que "é uma ideia" que só pode ser estudada entrando na gestão autárquica. "Quando alguém idealizou um avião, primeiro idealizou o avião, depois é que pensou quanto é que custaria. Aqui é exatamente a mesma coisa", justifica. Além disso, o Chega quer as avenidas "integradas na cidade, com ciclovias, árvores e espaço para as pessoas, além de estacionamento para carros".


Chega quer TUB em circulação contínua e sem horários

No que respeita aos Transportes Urbanos de Braga, o Chega pretende uma circulação contínua, sem horários, no centro da cidade. Nos arredores, o Chega quer transportes depois das oito da noite porque "todos valem a pena", independentemente do número de utilizadores.


Ainda no programa para os próximos quatro anos, o Chega defende a extinção do IMI ou uma redução, transferindo 15% desta receita para as juntas de freguesia.


Para a Fábrica Confiança, a candidata do Chega pretende uma recuperação tendo em vista a criação de uma escola de artes.


O Chega apresenta candidaturas a seis freguesias e a candidata à Câmara de Braga lamenta não ter mais listas fruto de "ameaças" a alguns dos elementos que se quiseram juntar ao movimento da extrema direita em Braga.

À RUM, Eugénia Santos assumiu "grande convicção" numa votação expressiva dos bracarenses ao seu partido. "Se conseguirmos eleger entre oito e dez deputados à Assembleia Municipal de Braga é muito bom. A nível autárquico o nosso foco é ganhar a Câmara Municipal de Braga", apontou.


OUVIR A ENTREVISTA COMPLETA A EUGÉNIA SANTOS, CANDIDATA DO CHEGA

Deixa-nos uma mensagem