A UMinho Exec deverá ocupar o edifício do Castelo, no centro da cidade de Braga, caso a instituição consiga as verbas necessárias para requalificar aquele equipamento emblemático. A novidade foi adiantada em primeira mão à RUM pelo reitor Rui Vieira de Castro, ele que refere que apesar de várias propostas para alienação ou aluguer, a instituição preferiu ficar com o edifício e dar-lhe uma nova vida. Para isso, foi necessário aguardar por uma situação financeira mais equilibrada.

Rui Vieira de Castro recusa que se tenha tratado de “inação” da instituição nesta matéria. "A Escola de Executivos da Universidade do Minho - UMinho Exec -, é o projeto que temos neste momento em cima da mesa [para o Edifício do Castelo] como o mais viável e no qual estamos já a trabalhar", revela.

O reitor assinala que o tema não foi esquecido e que o edifício do Castelo foi sendo alvo de discussão ao longo dos anos dentro das estruturas próprias da Academia, como é o Conselho Geral da Universidade do Minho, até porque numa eventual alienação o tema teria de ser ali debatido. 

Lembrando que a UMinho tem mais de cinquenta edifícios a seu cargo, foi necessário encontrar o melhor momento para avançar. Rui Vieira de Castro sustenta que entre os edifícios, vários deles são "históricos" como é o Largo do Paço, os Congregados, o Castelo e os museus em Braga e Monção. "Naturalmente a Universidade está comprometida com a conservação e manutenção dos edifícios, mas a forma como vai operando depende muito daquilo que são as condições financeiras", justifica.

"Neste momento estamos a procurar responder. Acho que é uma afirmação infundada dizer que há inação da Universidade"

Requalificação custa pelo menos 7ME. UMinho avança com meio milhão já para obras de contenção

A requalificação do edifício do Castelo deverá custar "à volta de sete milhões de euros, não menos do que isso". Notando que "já não é uma mera ideia", Rui Vieira de Castro afiança que o edifício "não pode permanecer neste estado" até porque "quanto mais aumentar o seu nível de degradação, tanto maiores serão os recursos financeiros necessários para a intervenção". Já com "um estudo feito", a Universidade do Minho vai "investir cerca de meio milhão de euros em obras de contenção", nomeadamente nas coberturas e vãos.

A instituição já trabalhou na criação de condições para a obtenção de financiamento que suporte o desenvolvimento desta nova realidade para o edifício. "Estamos neste momento muito confiantes que, no quadro de uma iniciativa que a CCDR-N tem em desenvolvimento, venhamos encontrar aí uma fonte de financiamento fundamental", revela, manifestando-se "razoavelmente otimista em relação ao futuro do edifício".

UMinho foi contactada por entidades privadas interessadas em comprar ou alugar Edifício do Castelo

Confirmando que "a Universidade foi contactada mais do que uma vez, por mais do que uma entidade, que estavam interessados em cenários ou de compra ou de arrendamento", o reitor assinala que se trata de um edifício "muito apetecível" sendo mais uma razão para que a Universidade do Minho "faça tudo o que estiver ao seu alcance para manter o edifício e nele acolher projetos da universidade".

O reitor confessou também que os valores sugeridos pelos privados nas diferentes abordagens não correspondiam ao real valor do imóvel para a própria Universidade do Minho.