Fernando Pimenta acredita que é possível conquistar a medalha de ouro nos próximos Jogos Olímpicos e refere que seria a melhor forma de “abrilhantar” ainda mais o seu palmarés. O desejo foi vincado no programa RUM(O) Desportivo, que foi para o ar esta sexta-feira na Universitária.

Depois da medalha de bronze em Tóquio - somou à prata de Londres 2012 - e do título de campeão do mundo, alcançados no último verão, o canoísta de Ponte de Lima começa a trabalhar no novo ciclo olímpico a partir da próxima semana. As baterias estão já apontadas a Paris, daqui a três anos. “Enquanto sentir fisicamente que posso lutar pelo ouro nos Jogos Olímpicos, só tenho de acreditar”, ambiciona.

Com duas no currículo, Fernando Pimenta é um dos atletas com mais medalhas por Portugal em Jogos Olímpicos, a par de Carlos Lopes, Rosa Mota e Fernanda Ribeiro, no atletismo, e de Luís Mena e Silva, na modalidade de equestre. Para o canoísta minhoto é “gratificante e um orgulho” estar nesse palanque, mas recorda o sentimento “agridoce” dos Jogos do Rio, em 2016, quando, no seu entender, foi “afastado da luta pelas medalhas por fatores externos”.

Aos 32 anos e sendo ainda "um dos alvos a abater" no mundo da canoagem, Fernando Pimenta recusa-se a pensar no pós-carreira, mas admite que o desgaste já começa a pesar. “Não é fácil porque, com a idade, vamos perdendo algumas caraterísticas, mas também ganhamos outras. É uma rotina muito dura e pesada. Já estou na alta competição há quase 20 anos e isso causa muito desgaste, quer físico, quer emocional”, refere.