Academia 14.10.2020 09H57
Estudantes reivindicam condições nas salas para garantir ensino misto
Devem estar devidamente equipadas para que um professor possa estar em simultâneo a dar a sua aula aos alunos da sala e aos que estão à distância por motivos de saúde.
Os representantes dos estudantes no Conselho Geral da Universidade do Minho reivindicam uma adaptação equilibrada da instituição à nova realidade, nomeadamente ao ensino misto. A questão foi levantada pelo estudante Rui Oliveira, no decorrer da reunião ordinária com todos os conselheiros, esta segunda-feira.
O aluno elogiou a adaptação dos cursos na gestão dos horários face à pandemia e saudou a aposta da UMinho no ensino presencial, mas lembrou que são necessários investimentos que garantam um funcionamento equilibrado da actividade lectiva.
"Sei que não existe a capacidade desejável para que um professor possa estar a dar a aula e, ao mesmo tempo, quem está a acompanhar de casa possa fazer esse acompanhamento, e isto torna-se mais preocupante em alunos de risco ou em isolamento. Se não acompanharem a actividade lectiva vamos ter desfasamentos muito grandes e problemas graves, por isso, defendemos a capacidade de adaptação das salas para que o professor possa estar a leccionar no presencial e em simultâneo no online", explicou Rui Oliveira.
Durante a sua intervenção, Rui Oliveira abordou também as redes e equipamentos informáticos das instituições de ensino superior. O estudante apelou ao reitor da UMinho que "esclareça junto da DGES se o ensino universitário vai ter acesso a este material, via bolsa, ou se, à semelhança do ano passado, as universidades vão ser discriminadas em relação aos politécnicos".
Na mesma reunião, o representante dos estudantes voltou a criticar a falta de respostas em matéria de alojamento universitário e insistiu na importância de um apoio, via bolsa de acção social, ao transporte. "Este ano há mais gente a fazer a viagem casa-universidade, era importante um complemento das bolsas neste sentido", repetiu, desafiando o reitor da UMinho a integrar este apelo.
Os estudantes defendem também a continuidade do programa de apoio informático. Já sobre a capacidade das cantinas da UMinho em tempos de pandemia, Rui Oliveira reforçou a importância do serviço de take-away.