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Vanessa Batista

Internacional 28.11.2023 07H00

Eurodeputados apelam aos jovens para não deixarem outros escolher o rumo da UE

Escrito por Vanessa Batista
José Manuel Fernandes, eurodeputado do PSD, e Nuno Melo, eurodeputado do CDS/PP, debatem questões da habitação e execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na RUM. Para ouvir a partir das 20h00.
Ouça aqui as declarações dos eurodeputados José Manuel Fernandes e Nuno Melo.

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Os eurodeputados portugueses apelam aos mais jovens para que não deixem na mão de outros o rumo da União Europeia. Entre os dias 6 e 9 de junho de 2024, os europeus voltam a ser chamados às urnas para as Eleições Europeias.


A data irá coincidir com uma altura em que muitos portugueses aproveitam para marcar férias devido ao feriado nacional, 10 de junho Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, mas também do feriado regional do Santo António, celebrado com poupa e circunstancia em concelhos como Amares, Vila Verde, Vila Nova de Famalicão e Lisboa.


A 25 de maio de 2023, o Conselho de Ministros aprovou o voto antecipado e o voto em mobilidade em território nacional ou no estrangeiro, de modo a tentar combater a abstenção de 68,9% registada nas eleições para o Parlamento Europeu de 2019.


"90% do investimento público em Portugal tem origem na União Europeia", José Manuel Fernandes.


No debate promovido pela RUM, a partir do Parlamento Europeu em Estrasburgo, o eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, confessou que é difícil perceber o porquê de números tão baixos de participação nas eleições europeias, uma vez que a União Europeia tem grande importância para o país. "Se não fosse a União Europeia (UE) não tínhamos o investimento público que temos. 90% do investimento público em Portugal tem origem na UE. Somos o país que mais depende, infelizmente, do Orçamento da União Europeia. O que significa que o Orçamento de Estado não está a fazer o que deveria", afirma. 


Outro dos argumentos que deveria fazer com que a população se mobilize está relacionado com a paz no velho continente. 



União Europeia está sob "ataque externo e interno da extrema direita e esquerda", Nuno Melo.


Os anos em que para atravessar fronteiras era necessário apresentar o ´Bilhete de Identidade` há muito que terminou. Contudo, o eurodeputado do CDS/PP, Nuno Melo, lembra que esta é uma realidade que não deve ser dada como adquirida, visto que nos dias de hoje a União Europeia está sob "ataques externos e internos" por parte da "extrema direita e esquerda", o que pode levar a um "retrocesso". "Nunca houve um sistema político que fosse perpétuo", realça.


Nuno Melo considera "ridícula a taxa de participação" em eleições Europeias, não só em Portugal. "A União Europeia é talvez o maior projeto político de sempre no nosso espaço territorial europeu. Garante paz, autonomia alimentar, um mercado único que não está restrito a 8 milhões de almas com livre circulação de pessoas, bens e capitais. Oportunidades e direitos que a minha geração não teve", declara.



 Soluções para os problemas da habitação já existem. Inação é da responsabilidade dos Estados-Membros.


A dificuldade em comprar ou arrendar casa principalmente pelos jovens foi um dos temas em destaque no debate. Para o centrista Nuno Melo, as questões relacionadas com a habitação é a "maior demonstração do fracasso absoluto do PS". O eurodeputado recorda que, em 2016, o Governo liderado por António Costa prometeu a reabilitação de 7.500 casas para servir 35 famílias e, até hoje, "não construiu coisa nenhuma".


Por todo o território nacional existem propriedades do Estado, edifícios devolutos e muitos deles degradados que o eurodeputado defende que poderiam ser "recuperados e introduzidos no mercado de arrendamento", através por exemplo de Parcerias Público Privadas, sendo que os imóveis ficariam na posse do Estado. "A única coisa que ocorreu ao PS foi decretar arrendamentos compulsivos sobre propriedade alheira", frisa.


Quanto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) lamenta a execução "totalmente pífia" de verbas que tão cedo Portugal não voltará a ter acesso. 


Já o social-democrata José Manuel Fernandes reforça que a União Europeia tem dado "uma tempestade de milhões" para resolver o problema da habitação, porém, os Estados-Membros têm demonstrado dificuldade em absorver essas ajudas. "Não há pagamentos feitos este ano para o Portugal 2030. Ora, em 2024, vamos ter de executar à pressa mais de 3 mil milhões de euros, obrigatoriamente", refere.


O mesmo acontece, na ótica do eurodeputado, em relação ao PRR em que a "execução é má". "Portugal tinha a possibilidade de ter 8.300 mil milhões de euros na vertente dos empréstimos que deveria dizer que queria usar até 31 de agosto e não quis. Não era preciso esse valor para resolver o problema da habitação", acrescenta.


- DEBATE GRAVADO EM ESTRASBURGO FICARÁ DISPONÍVEL AQUI - 


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