A zona do Campus de Gualtar, na Universidade do Minho, em Braga, serviu de laboratório, este domingo, para um grupo de cerca de 30 editores da Wikipédia partilharem suas experiências e conhecer as ferramentas necessárias para mapear as opções de mobilidade existentes.

Promovido pela Braga Ciclável, Wikimédia Portugal e a Associação Nacional para o Software Livre, o ‘Open Knowledge Braga’ contou com um encontro informal e a realização de um workshop sobre o Open Street Map, programa que disponibiliza dados geográficos gratuitos e que “permite efetuar um mapeamento focado na mobilidade e acessibilidade”. Já durante a tarde, segundo o presidente da Braga Ciclável, os participantes realizaram, "na prática", a inserção de dados detalhados das opções de transportes disponíveis na zona próxima à UMinho.

Aos microfones da RUM, Mário Meireles afirma que o encontro teve como objetivo ampliar o número de colaboradores e capacitá-los para acrescentar informações fiáveis no programa. “Quanto mais editores e mais informação precisa tiver, mais rica e rigorosa fica a experiência para quem utiliza esta ferramenta”, garante.

O dirigente recorda que o Open Street Map é uma fonte utilizada para perceber "melhor a realidade" sobre o efetivo de ciclovias, passeios e transporte público. Aponta ainda que a Federação Europeia de Ciclistas, por exemplo, utiliza o site para “fazer a contabilização dos quilómetros de ciclovias que há em cada país”. 

Além de ser uma ferramenta de consulta e de orientação de trajetos, para o dirigente, a plataforma é um espaço essencial para perceber “como está” a situação da mobilidade e para onde “quer caminhar”. O programa possibilita ainda determinar o tipo de piso, largura e o estado da via e alguns "pormenores e detalhes que fazem a diferença para quem quer utilizar a bicicleta, anda a pé ou utilizar o transporte público”. 

O encontro informal ocorreu inserido na celebração do ‘Dia da Liberdade Documental’.

*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura