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Vanessa Batista

Academia 05.08.2022 17H00

Fibernamics cria nova geração de painéis balísticos mais resistentes e económicos

Escrito por Vanessa Batista
Projeto foi desenvolvido em parceria com a Fibrauto. Novo material conseguido através de compósitos balísticos funcionais é 300% mais leve que o aço e permite poupanças entre os 20 e os 30% em combustível.
Carlos Mota, Project Manager do “Balistic Composite Panel”, em declarações à RUM.

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A Associação Fibrenamics da Universidade do Minho e a empresa Fibrauto desenvolveram uma nova geração de painéis balísticos mais resistentes, leves e económicos que o tradicional aço. O projeto “Balistic Composite Panel”, contou com um financiamento de 310 mil euros pelos programas Compete, Portugal 2020 e FEDER da União Europeia.


A ideia inicial passava por implementar estes painéis, feitos através de materiais compósitos balísticos funcionais, em cabines de transportes públicos, mais concretamente, em autocarros e comboios, devido ao aumento da criminalidade, mas a redução de mais de 20% dos consumos dos veículos e menos 300% de peso em relação ao aço tem cativado a atenção de várias empresas e governos quer a nível nacional quer internacional.


A RUM conversou com o Project Manager pela Fibernamics, Carlos Mota, que sublinhou a crescente procura por esta resposta. As negociações mais avançadas estão a decorrer com a Carris - Transporte Público de Lisboa, que está já a implementar nos seus autocarros proteção balística nas cabines dos condutores. Paralelamente, a nível internacional e nacional, existe a possibilidade de virem a equipar carros militares.


No caso português estão em cima da mesa duas possibilidades: soluções balísticas para futuras viaturas que sejam produzidas ou adaptar veículos já ao serviço das forças armadas portuguesas.


Questionado sobre o grau de resistências destes materiais quando comparados com blindados tradicionais, de aço, Carlos Mota garante que resultados iguais ou até superiores no que toca à sua fragmentação. "Tem a capacidade de absorver a energia e fragmentos", refere. Os resultados são medidos através da normativa americana NIJ 0108.01 que atribuiu o nível 3 de proteção balística.


O projeto decorreu nos laboratórios desta interface da UMinho, em Guimarães, e da Fibrauto, em Gaia. As duas entidades têm realizado vários projetos conjuntos na última década, acentuando a interação crescente entre a ciência e a indústria e afirmando a excelência da tecnologia portuguesa nesta área.

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