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FILIPE AGUIAR, CANDIDATO DO CHEGA, NOS ESTÚDIOS DA RUM
Elsa Moura

Autárquicas 2025 29.07.2025 21H00

Filipe Aguiar. "O Chega não pensa noutra coisa que não seja ganhar a CMB"

Escrito por Elsa Moura
O candidato do Chega à Câmara Municipal de Braga tem 54 anos e já concorreu em 2021 ao concelho de Vieira do Minho. Natural de Braga, afirma que integra o Chega "por uma questão de cidadania".
Algumas das declarações de Filipe Aguiar no programa de grande entrevista aos candidatos à CMB

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O candidato do Chega à Câmara Municipal de Braga nas eleições autárquicas de 12 de outubro, Filipe Aguiar, garante que o único pensamento está em vencer o processo eleitoral. Depois da eleição de dois deputados para a Assembleia Municipal de Braga nas autárquicas de 2021 e de um resultado que ficou muito longe da eleição de um vereador, o bracarense, que é também líder da concelhia daquele partido, aposta num resultado completamente diferente, tomando entre os argumentos a visibilidade e o peso do partido nos anos mais recentes. "A realidade do Chega atualmente é completamente diferente de há quatro anos. Propomo-nos a esta eleição para ganhar, obviamente, e não pensamos noutra coisa que não seja ganhar", assegura, ainda que reconheça que com tantos candidatos [pelo menos nove], "os votos vão ser muito repartidos". 

Em 2021 foi candidato à CM de Vieira do Minho onde contabilizou 90 votos, mas lembra que se tratou de uma candidatura "de missão" numa fase mens visível do partido.


Nesta grande entrevista à RUM revela que foi no Chega que iniciou a sua atividade política em 2019 "por uma questão de cidadania pura", mencionando que esta é "uma candidatura por amor a Braga". Avisa que o slogan "Mudar para Transformar" significa que é preciso "transformar as coisas, a cidade e, acima de tudo, a vida dos bracarenses". 

Sobre alguns dos candidatos já conhecidos, Filipe Aguiar acusa o candidato da coligação Juntos por Braga, João Rodrigues, de ter feito "um estágio de quatro ou cinco anos" no executivo municipal, mas mesmo assim se apresentar como "o candidato mais bem posicionado" para ser presidente. "Só faltava dizer que nem é preciso ir a eleições. Não é assim, houve uma inércia muito grande da parte deste executivo onde o candidato também é responsável", atira.


Filipe Aguiar acusa a maioria da coligação Juntos por Braga, no poder autárquico desde 2013, de "inércia", nomeadamente no que devia ser "a pressão junto do governo central em todas as matérias" tendo em vista a execução de mais investimentos no concelho. Refere também que a gestão autárquica de Ricardo Rio em doze anos "não apresentou nenhuma grande obra", acabando por deixar degradar o espaço público, em particular os passeios e zonas pedonais.


O candidato do Chega não poupou Rui Rocha, candidato à CMB pela Iniciativa Liberal, referindo que "depois de uma derrota estrondosa" do seu "pequeno partido" nas legislativas, se apresenta como "um candidato de 1ª divisão" acusando-o de "arrogância atroz". Ainda sobre o candidato liberal, alerta que "nunca citou o nome de Braga [na Assembleia da República enquanto deputado eleito pelo distrito], mas "de um momento para o outro  apresenta-se quase como uma salvação política a dizer que Braga vai ser a capital do Norte".


Já sobre o candidato do Partido Socialista, António Braga, Filipe Aguiar cola-o à gestão de Mesquita Machado e ao Partido Socialista antes de 2013. "Foi uma gestão danosa e quase criminosa e o candidato do PS está muito ligado a essa gestão", refere. Enquanto sobre a candidatura independente de Ricardo Silva, Filipe Aguiar avisa que "o problema está na ligação a movimentos e associações de centro esquerda", o que significa que "com algum peso na eleição vai estar refém destes movimentos".


"A atuação dos dois deputados do Chega na Assembleia Municipal de Braga não correu bem"


Questionado pela RUM sobre a ausência sistemática dos dois deputados eleitos pelo Chega na Assembleia Municipal de Braga nos últimos quatro anos e de pouca atividade ou declarações ao longo das reuniões de assembleia municipal ao longo deste mandato ainda em curso, o também presidente da concelhia de Braga do Chega assume que ficou aquém do que era suposto. "Na verdade temos que ser sérios e temos que assumir que não correu bem. Entretanto, o deputado Filipe Melo foi viver para Lisboa e tendo em conta que é um deputado de ponta na Assembleia da República, os compromissos travaram muito a possibilidade de estar presente aqui em Braga. Houve situações de pessoas que, entretanto, pelo caminho, desistiram por divergências internas também", justifica. O segundo deputado eleito, Sérgio Pereira Junior está a contas com a justiça, mas sobre essa matéria Filipe Aguiar avisa que "não há condenação e como tal tem a presunção de inocência como cidadão comum". Já sobre outros elementos que estavam na lista e que poderiam ter surgido nessas mesmas reuniões de assembleia municipal, o candidato do Chega admite que a lista "não tinha a devida consistência". "Tenho que assumir: não fizemos o melhor trabalho, é verdade, mas neste momento vamos apresentar uma candidatura com o deputado Carlos Barbosa, que irá ser o cabeça de lista, e vamos apresentar uma candidatura muito competente, completamente diferente e com um potencial muito grande e capaz de fazer face a todas as necessidades dos bracarenses", afiança.


"A nossa candidatura é feita de pessoas comuns"


Filipe Aguiar insiste que "os bracarenses precisam de muito mais" e que a candidatura do Chega é "uma candidatura de proximidade, feita de pessoas comuns, gente que todos os dias utiliza os transportes públicos, gente que vive em bairros sociais, gente ligada ao ensino, à saúde e às engenharias". "Temos esse cuidado, porque só assim é que conseguimos ter a proximidade que pretendemos", argumenta.


Filipe Aguiar garante que o objetivo é concorrer a todas as freguesias do concelho, ainda que admita que é um processo difícil, não apenas para o Chega, mas também para outras candidaturas, "nomeadamente de partidos com cinquenta anos".


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