O fim das restrições de horário na restauração está a contribuir para uma recuperação “vantajosa” do setor em Braga, disse hoje o presidente associação União de Restaurantes do Minho (URMinho), Tiago Carvalho, à margem da assinatura de um protocolo com uma seguradora.

O responsável admitiu que o alargamento do horário até às 02h00, em vigor desde o passado domingo, está a ser "fundamental" para o setor mas salvaguardou que a exigência de teste negativo ou de apresentação do certificado digital de Covid-19 à entrada no interior dos restaurantes ao fim-de-semana "é um handicap".

"Há espaços que têm esplanadas e há outros que não têm: em termos de concorrência é muito grave. Não faz sentido ser feito um autoteste à porta de um restaurante e esta medida terá de cair dentro de uma ou duas semanas", argumentou, acrescentando que a exigência obriga a que os restaurantes e cafés "contratem mais uma pessoa" para assegurar a validade do teste negativo.

Apesar de admitir "um acréscimo da procura" durante os dias da semana, Tiago Carvalho lamenta "o descréscimo de procura em espaços interiores" aos fins-de-semana, revelando que, nesse período, há "restaurantes com quebras de faturação na ordem dos 90%".

O responsável lembra que o setor já foi obrigado a "readaptar-se" desde o início da pandemia de Covid-19 e que os apoios que vão chegando são "linhas de endividamento".

Sobre o futuro, Tiago Carvalho adianta que "o primeiro trimestre de 2022 será crucial" mas antecipa que "não haverá estofo" para aguentar o setor caso o Governo não anuncie novos apoios.