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Elsa Moura

Regional 05.02.2020 17H56

Francisco Sanches vai albergar artistas e acolher arquivo municipal e histórico

Escrito por Elsa Moura
Projecto parcial do futuro centro cultural e cívico foi apresentado esta tarde pelo presidente do Município de Braga.
Ricardo Rio, Lídia Dias e Olga Pereira

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Ainda sem nome próprio, a Câmara Municipal de Braga ja decidiu o futuro a dar à antiga Escola Francisco Sanches, na Rua D. Pedro V. O projecto foi apresentado na tarde desta quarta-feira, junto ao escadório de acesso à antiga escola que será transformada num equipamento municipal dedicado à cultura nas suas mais variadas vertentes. 

A obra será realizada por fases e nunca deverá custar menos de 4,5ME no total. O município pretende lancar o concurso público para a 1ª fase em Setembro deste ano, estimando que os trabalhos avancem em 2021.


Ricardo Rio comprometeu-se a transformar a Francisco Sanches num “equipamento de referência“, certo de que será uma mais valia para a dinâmica cultural do concelho. 


O edifício vai acolher dois arquivos, o Arquivo Municipal e o Arquivo Histórico da cidade de Braga. Albergará ainda várias associações e grupos culturais, contará com um espaço para residências artísticas e será a casa de artistas emergentes, da música às artes plásticas. No futuro terá ainda uma galeria dedicada ao espólio do Eixo Atlântico.


Na conferência de imprensa de apresentação da primeira fase do projecto, o autarca começou por sublinhar que a requalificação da antiga Francisco Sanches só podia ser resolvida pela própria Câmara Municipal de Braga, explicando que depois de várias conversações se decidiu pelo centro cultural e cívico, descartando a possibilidade de vir a acolher a Junta de Freguesia de S. Victor.


“Será a muito curto prazo um espaço de vitalidade cultural numa das freguesias mais emblemáticas", sustentou o autarca, acrescentando que esta é "uma oportunidade de ouro para a versatilidade do espaço".

Olga Pereira, vereadora que gere os espaços municipais, referiu que este projecto vai fazer a ligação entre o centro histórico e a Universidade do Minho. O Arquivo municipal e arquivo histórico ficarão no rés-do-chão.

Segundo a mesma, para a cobertura, caixilharias e arquivo, o município irá investir cerca de um milhão e meio de euros.

A expectativa do município para o restante investimento - que deverá atingir os 4,5ME - é que surjam entretanto linhas de financiamento comunitário. A antiga Francisco Sanches conta com uma área de 6415 metros quadrados, entre edifícios e exteriores.


“É um passo concreto na definição de uma política cultural para a cidade“ - Lídia Dias, vereadora da Cultura

Lídia Dias, vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara Municipal de Braga, acredita que o projecto vai contribuir de forma significativa para "transformar Braga numa verdadeira cidade europeia". Defendendo que os espaços culturais da cidade "devem trabalhar de forma articulada", a responsável frisou que a Francisco Sanches "é mais uma resposta para os agentes culturais" que ali poderão exercer a sua actividade e mostrá-la ao público.

"É a melhor forma de darmos sentido a este edifício", salientou. Dando nota de que o arquivo municipal está actualmente espalhado por vários espaços", a vereadora reconheceu que há muito que equacionavam um local que o pudesse acolher. "O Arquivo Histórico da CMB é muito procurado, e actualmente não pode ser disponibilizado nas melhores condições", disse.


Também o Arquivo do Museu da Imagem será transferido para a Francisco Sanches, que será, depois da intervenção, espaço de criação artística, com salas para residentes permanentes, e não só. A vereadora admite que se trata de um dossier por concluir, mas dá como certa a possibilidade de vir a acolher associações permanentes, disponibilizando também espaços temporários.


No futuro, o espaço terá inclusivamente uma direcção cultural. 


No 3º andar serão preparadas camaratas já a pensar em residências artísticas. Sobre o actual Ginásio e Capela, os mesmos vão ser de uso partilhado onde poderão acontecer ensaios, concertos e showcases.


Obras do Eixo Atlântico terão residência permanente em Braga

Já a galeria do Eixo Atlântico, com várias obras de arte, passará a ter residência permanente em Braga, precisamnete na Francisco Sanches. A ideia será potenciar as artes plásticas da euro-região.


Além disso, o espaço continuará a ter uma vertente educacional com salas de formação, de trabalho e de serviços educativos.



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