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Vanessa Batista

Academia 23.09.2022 08H25

Fundação "la Caixa" atribui bolsa de 500 mil euros a investigação da UMinho

Escrito por Vanessa Batista
Cristina Cunha, do ICVS, está a tentar perceber como o fungo Aspergillus pode atacar doentes com imunidade reduzida

A Fundação "la Caixa", através do “Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde 2022”, distinguiu com uma bolsa de 500 mil euros a investigação de Cristina Cunha, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho. 


A investigadora vai dedicar os próximos três anos a compreender como o fungo Aspergillus pode atacar doentes com imunidade reduzida e causar doença pulmonar severa associada com taxas de mortalidade elevadas. Os resultados do trabalho vão ajudar na prevenção, no diagnóstico e no tratamento desta grave complicação e no prognóstico dos doentes.


O fungo Aspergillus transmite-se pelo ar, mas para a maioria das pessoas saudáveis, não traz problemas. No entanto, quem tem o sistema imunitário sensível – porque recebeu transplante, tem um tumor, está em terapia intensiva ou tem covid-19 – pode desenvolver aspergilose pulmonar invasiva, que sem tratamento rápido pode ser fatal. A cada ano, globalmente há 30 milhões de pessoas em risco de desenvolver essa infeção e 300.000 novos casos diagnosticados.


Apesar dos recentes avanços, o diagnóstico e o tratamento desta infeção são um sério desafio médico. Como é que só certas pessoas têm aspergilose, nomeadamente as de imunidade reduzida? Cristina Cunha vai assim estudar fatores específicos que alteram o equilíbrio da comunidade de microrganismos que habita os pulmões desses doentes e pormenorizar como o fungo ataca. “As infeções fúngicas oportunistas são um problema crescente e com taxas de mortalidade associadas superiores a 30%, logo torna-se muito relevante estudar esta área na tentativa de identificar alternativas terapêuticas”, realça a cientista.

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