Governo reconhece que modelo de financiamento penaliza UMinho

O Governo reconhece que a Universidade do Minho estava a ser penalizada, face a outras instituições de ensino superior, no que diz respeito ao financiamento. O mesmo acontece com a Universidade da Beira Interior e o ISCTE. 

A informação foi avançada à RUM, pelo reitor, Rui Vieira de Castro, que está, assim, “mais otimista”, ainda que a questão do financiamento não esteja fechada.

“Para nós foi reconfortante verificar que houve um reforço adicional de orçamento para a UMinho. Não temos ainda o resultado final, porque o nosso orçamento não está ainda validado, mas houve um reconhecimento explicito de que a UMinho estava em situação de contínua divergência face à maioria das instituições. Era necessário abandonar este processo de divergência e começar-se a convergir para valores e financiamento semelhante aos da generalidade das instituições”, afirmou, em entrevista à RUM, o responsável máximo da academia.

Rui Vieira de Castro está ciente que o processo não vai ser imediato, mas admite que este é um primeiro passo.

“Fundamental para nós, tanto quanto o reforço de orçamento que esperamos que se venha a concretizar, é o facto de se reconhecer que ao longo deste tempo a Universidade esteve numa situação altamente penalizadora em termos de acesso às receitas”, explicou.

O reitor da Universidade do Minho criticou, por diversas vezes, o subfinanciamento da instituição, alegando que o valor atribuído pelo Orçamento do Estado “deveria ser superior em pelo menos 10 milhões de euros”.

Rui Vieira de Castro considera “altamente injusta” a manutenção de um “critério histórico” no financiamento das instituições, “utilizando-se recorrentemente a percentagem da dotação do Orçamento do Estado que resultou da aplicação da fórmula de financiamento em 2009”. A manutenção desse critério, referiu, “ignora ostensivamente as alterações quantitativas e qualitativas que a UMinho conheceu”. O Governo reconhece agora que o critério é penalizador para a UMinho.