Grupo de estudantes reclama condições justas para todos e promete luta na UMinho

Concentraram-se em número reduzido junto ao Prometeu, no Campus de Gualtar da Universidade do Minho, mas asseguram que a ação desta quarta-feira, à hora de almoço, para reclamar o fim das propinas e um investimento transversal no ensino superior, não será única. O movimento apresenta como porta-voz um estudante da Licenciatura em Direito, Gabriel Castro que promete não cruzar os braços perante o que acontece em torno dos estudantes do ensino superior público, especialmente os que necessitam de apoios estatais para conseguirem concretizar os seus objetivos académicos. 

“É um movimento que surge principalmente por causa do aumento do custo de vida, mas porque o ensino superior ainda não é necessariamente público, gratuito e democrático”, uma vez que os estudantes “ainda pagam muito em termos de habitação, alimentação e transporte”, mais a propina, alerta.”A taxa que os estudantes têm que pagar todos os meses continua a excluir jovens”, acredita o jovem. 


A manifestação estava convocada ainda antes das declarações do ministro Fernando Alexandre, ele que sublinhou que o governo da AD defende a propina no ensino superior uma vez que se trata de uma fonte de financiamento importante para as instituições públicas. Ainda assim Gabriel Castro não se mostra surpreendido. “Conhecendo o que o PSD tem apresentado sabíamos que o governo não vai reduzir o valor das propinas e não concordamos, de todo, com isso”, refere também.

Mas nem tudo são más notícias e este grupo de estudantes considera “uma boa nova” a possibilidade da publicação de um decreto-lei que permitirá prosseguir com a obra da residência universitária da Fábrica Confiança, em Braga. No entanto são demasiados os problemas e também por isso argumenta que os estudantes necessitam de se organizar e mobilizar em torno desta causa. “Temos 1400 camas e 16 mil estudantes deslocados, isto é uma disparidada de oferta absurda”, denuncia.

O grupo de estudantes lamenta que a direção da Associação Académica da Universidade do Minho não se tenha associado a esta ação de luta na instituição, uma vez que são “muitos os problemas”. “A refeição na cantina aumentou de dois euros e cinquenta para dois euros e oitenta. O transporte entre as cidades de Braga e Guimarães, a responsabilidade devia ser assegurada pelo Estado e está nas mãos da AAUMinho. Em Azurém temos problemas de infiltrações muito graves no edifício 11. Há muitos baldes para aguentar a água. São necessários investimentos estatais”, critica.

O movimento agrega estudantes de diversos cursos da instituição de ensino superior e de diferentes anos e promete não se ficar pelas ações reivindicativas pelos espaços da universidade. Questionado pela RUM, Gabriel Castro confirmou que apesar de não ser o foco na ação de hoje, este movimento estudantil vai constituir-se como uma força a entrar na corrida às eleições para os órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho que acontecerão, previsivelmente, dentro de um mês.

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Elsa Moura
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