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Pedro Magalhães

Regional 03.05.2021 17H27

"Guimarães está a ver os comboios passar", diz vereador André Coelho Lima

Escrito por Pedro Magalhães
A eventual exclusão de Guimarães da linha de alta velocidade (TGV) que está a ser projetada entre Porto e Vigo foi um dos temas em destaque na reunião de executivo municipal vimaranense.
Declarações de André Coelho Lima e Domingos Bragança.

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André Coelho Lima, vereador sem pelouro do PSD na Câmara de Guimarães, disse hoje que o concelho "está a ver os comboios passar", numa referência à eventual exclusão de Guimarães da linha de alta velocidade (TGV) que está a ser projetada entre Porto e Vigo.


Em declarações aos jornalistas no final da reunião de executivo municipal, o social-democrata sublinhou que "não é possível, numa ideia de grande investimento público municipal, que uma linha ferroviária de ligação nacional à rede europeia, através de Vigo, passe ao lado da zona mais densamente industrializada do Norte do país".


O também deputado na Assembleia da República reforçou ainda que rejeita a ideia, defendida pelo presidente da Câmara vimaranense, de ser construída uma estação ferroviária, equidistante entre Guimarães, Braga e Famalicão.


"Não faz sentido fazer uma linha ferroviária que passe no litoral do país e depois fazerem-se novas linhas para ligar a zona industrializada à linha de Porto-Vigo. É gastar muito mais dinheiro do que é necessário", criticou, lembrando que o que está a ser projetado é uma nova ligação ferroviária e não um "reaproveitamento".


André Coelho Lima salvaguardou que a questão é de "interesse nacional" e não "uma posição bairrista", deixando, na circunstância, críticas ao presidente Domingos Bragança.


"Não é possível que o primeiro-ministro anuncie um investimento e o presidente da Câmara municipal vá à Assembleia Municipal dizer que já teve umas conversas. Isto são conversas não para serem posteriores mas sim prévias. Assim é correr atrás do prejuízo", acusou.



"Prejuízo existe porque não somos capital de distrito"

Na resposta, Domingos Bragança começou por reconhecer que Guimarães, apesar da dimensão populacional e social, perde força nas discussões de investimento público nacional porque "não é capital de distrito".


Apesar do lamento, o autarca vimaranense lembrou que a discussão dos planos de investimento a dez anos, seja através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou do Programa Nacional de Investimentos 2030, "é agora" e "uma grande oportunidade" que Guimarães "não pode perder".


O socialista recordou que o objetivo para Guimarães não ficar de parte na ligação de alta velocidade passa pela construção de uma estação ferroviária, equidistante entre Guimarães, Braga e Famalicão.


"A ambição é que a linha de alta velocidade sirva e atravesse as três cidades através da estação de alta velocidade e que depois se criem pequenos trams de ligação à estação", assinalou, anunciando também que a ligação da cidade de Guimarães, por via dedicada, à futura estação "não está esquecida" pelo Governo.

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