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Fonte: Helena Oliveira
Tiago Barquinha

Regional 21.04.2020 07H43

Guimarães. Oposição sugere criação de linha de apoio para o comércio tradicional

Escrito por Tiago Barquinha
O fundo proposto é de cerca de um milhão de euros. O PS, que lidera os destinos da autarquia, não rejeita a sugestão, embora explique que é uma problemática que já está a ser acautelada.
As palavras de Ricardo Araújo, da coligação 'Juntos por Guimarães', e de Ricardo Costa, vereador com a pasta do Desenvolvimento Económico.

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A coligação 'Juntos Por Guimarães' pretende que a autarquia avance com uma linha de financiamento para o comércio tradicional de forma a combater o impacto do novo coronavírus no sector. O repto foi lançado esta segunda-feira na reunião de câmara. 


De acordo com a proposta da oposição, o fundo de apoio de aproximadamente um milhão de euros, que incluiria uma verba até 20 mil euros para cada situação, seria destinado a micro-empresas com um volume de negócios anual não superior a 350 mil euros e que tenham até 10 trabalhadores. 


Ricardo Araújo explica que o auxílio económico "surgiria em forma de empréstimos, com prazos de reembolsos, de cinco a dez anos, onde o município pudesse suportar o risco das taxas de juro", em parceria com entidades bancárias. O vereador da coligação PSD/CDS fala de uma "medida complementar" às anunciadas pelo Governo, destinada à tesouraria das empresas, que permitiria "um acesso fácil e rápido".


Em resposta, sem colocar de parte a proposta da coligação 'Juntos por Guimarães', o vereador com a pasta do Desenvolvimento Económico adiantou que a autarquia já está a trabalhar num plano mais alargado há cerca de três meses, em conjunto com a Portugal Ventures, sociedade de capital de risco que integra o sector empresarial do Estado.


Apesar de o objectivo de raiz ser o financiamento de projectos de inovação e investigação, Ricardo Costa explica que esta estrutura vai agora "tentar responder à questão de tesouraria das empresas" suscitada pela crise económica, acrescentando que "o processo ainda terá de ser fechado e maturado". O vereador socialista lança ainda o desafio aos restantes concelhos do quadrilátero urbano e da Comunidade Intermunicipal do Ave para aderirem a esta rede.


Lembrando que "a autarquia não pode financiar de forma directa as empresas, já que é proibido por lei", Ricardo Costa refere que está a ser também preparado o lançamento da plataforma e-commerce, cujo objectivo é "acelerar o processo de transformação digital", na qual se pode incluir o comércio tradicional.


"Falta articular com o presidente da Câmara e com o presidente do gabinete de crise [criado para lidar com o efeito da pandemia no sector económico] e dentro de pouquíssimas semanas estará pronta para entrar no mercado", complementa.

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