O ICVS - Instituto em Ciências da Vida e da Saúde - está a estudar os efeitos dos antidepressivos no combate à dor crónica especialmente no caso de doentes com osteoartrose. Esta patologia afeta entre 60 a 70% das pessoas com mais de 55 anos. Pode ser definida com uma doença articular que ocorre quando a cartilagem que reveste a extremidade dos ossos se desgasta ao longo do tempo. Apesar de poder afetar qualquer articulação do corpo, é mais frequente nas mãos, joelhos, ancas, ombros e coluna vertebral. 

Diana Rodrigues, investigadora do ICVS e vencedora do concurso Bolsa de Jovens Investigadores em Dor 2022, está a estudar na sua tese de doutoramento, a forma como a dor passa de aguda a crónica, ou seja, deixa de limitar apenas os movimentos para ter efeitos no psicológico do paciente. 

No fundo, a doença "deixa de estar relacionada ao movimento" e, por isso, a investigadora está a estudar o "tronco cerebral e as alterações que ocorrem" para que até durante o sono o paciente sinta dor. "Passa a ser um problema maioritariamente neurológico", ou seja, a dor "passa a ser na doença por si só".

Este interesse pela dor começou no mestrado que frequentou na UMinho. A licenciada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto espera que com a bolsa de 10 mil euros que conquistou consiga, até ao final do doutoramento, encontrar novas terapias e alvos para tratar a osteoartrose.